A Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado projeta que o PIB brasileiro tenha recuado 0,9% no primeiro trimestre do ano. O percentual é coincidente com baixas registradas entre 2015 e 2016, quando o Brasil estava em recessão.
A queda na comparação com o quarto trimestre de 2018 é maior que a estimada por grandes bancos, como Bradesco e Itaú: ambos esperam retração de 0,2%. O número oficial será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 30 de maio.
Segundo o Relatório de Acompanhamento Fiscal da instituição, divulgado mensalmente, o PIB de 2019 deverá crescer 1,8%, abaixo dos 2,3% previstos anteriormente.
"Os dados de conjuntura e os riscos internos fundamentam essa visão. O IBC-Br, que permite acompanhar a evolução mensal da economia, tem apresentado resultados negativos, reduzindo as chances de um cenário mais dinâmico neste ano. O mercado de trabalho continua fragilizado, com desemprego elevado, e renda e crédito sem reação consistente. Isso produz sérios efeitos sobre a conjuntura fiscal", escreveu o IFI.
A projeção do órgão é mais otimista que a do mercado, que espera avanço de 1,24% no ano, segundo dados colhidos pelo Banco Central no Boletim Focus. Há uma semana, a previsão era de alta de 1,45%.
Há ainda um conjunto de economistas mais pessimistas. Itaú prevê alta de 1%, enquanto o BNP Paribas estima 0,8% de crescimento.