O vice-presidente Hamilton Mourão minimizou nesta sexta-feira (1º) a sinalização do presidente Jair Bolsonaro de que pode ceder em alguns pontos da reforma da Previdência, como a redução da idade mínima de aposentadoria para mulheres. De acordo com Mourão, Bolsonaro foi "mal interpretado".
— O presidente mostrou que tem coisas que o Congresso poderá negociar ou mudar. Só isso. Não que ele concorde — disse Mourão.
Também nesta sexta-feira, o líder do governo na Câmara, major Vitor Hugo (PSL-GO), também disse que a fala do presidente na quinta-feira (28) apenas sinalizou "a disposição do governo de negociar".
Mourão também disse que a reforma da Previdência agora é do Congresso, que vai analisar a proposta feita pelo governo e vai fazer as mudanças que julgar necessárias.
— O governo não tem que concordar. A partir de agora está na mão do Congresso, que é o local para discutir o assunto porque ali estão os representantes de todos os segmentos da população — afirmou.
Relação diplomática com a Venezuela
Mourão também reiterou a informação dada nesta manhã pelo chanceler Ernesto Araújo de que o Brasil não tem procurado representantes do regime de Nicolás Maduro para estabelecer qualquer tipo de diálogo com o governo da Venezuela.
Na quinta-feira, Bolsonaro admitiu que poderia conversar com Maduro. Segundo Mourão, o presidente respondeu a uma "pergunta hipotética". Porém, sobre um possível diálogo, Mourão disse que "alguém tem que conversar".
— O Donald Trump não foi conversar com o Kim Jong-un? — questionou, em alusão ao recente encontro entre o presidente dos Estados Unidos e o líder da Coreia do Norte.