A alta de 1,1% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2018 levou a atividade econômica ao mesmo patamar do primeiro semestre de 2012. O PIB ainda está 5,1% abaixo do pico alcançado no primeiro trimestre de 2014, informou Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"A taxa do PIB foi igualzinha à de 2017, mas a composição da taxa foi diferente", ressaltou Rebeca Palis. "Em 2017, o crescimento foi muito ancorado nos serviços e na agropecuária. A agropecuária teve a maior taxa de crescimento da série histórica, 12,5%, na esteira da safra recorde de grãos. E esse ano (o PIB da agropecuária) ficou em apenas 0,1%. Então, apesar de a agropecuária não ter um peso tão grande na economia, essa diferença de taxa faz muita diferença", lembrou a pesquisadora.
Segundo ela, a maior parte da compensação em 2018 pelo não crescimento da agropecuária veio do setor de serviços, que responde por mais de 70% do PIB brasileiro.
O PIB de serviços passou de um avanço de 0,5% em 2017 para aumento de 1,3% em 2018. "O crescimento de 2017 foi ancorado nos serviços e na agropecuária. E no ano passado foi ancorado na indústria e nos serviços", reforçou.
O PIB da indústria passou de uma queda de 0,5% em 2017 para um avanço de 0,6% em 2018.