O Ministério da Economia terá dois dos três votos do novo Conselho Monetário Nacional (CMN). A nova estrutura da instância que define a meta de inflação e regras para o setor bancário prevê que as decisões serão tomadas pelo ministro da Economia, presidente do Banco Central e secretário especial de Fazenda do próprio Ministério da Economia.
Assim, dois votos serão ligados diretamente a Paulo Guedes - o próprio voto do ministro e de seu secretário de Fazenda. A medida provisória revoga um dispositivo da lei de 1995 que regulamenta vários dos dispositivos monetários do Plano Real.
Antes da chegada do governo Jair Bolsonaro, o CMN era composto pelos ministros da Fazenda e do Planejamento, além do presidente do Banco Central. Os votos eram, portanto, de três pastas diferentes e representados por três diferentes ministros de Estado.
Entre as responsabilidades do CMN está o estabelecimento da meta de inflação, regular e zelar pela solvência e liquidez do sistema financeiro, coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública, além de orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras para criar condições favoráveis ao desenvolvimento harmônico da economia nacional.