O chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, descartou que o governo irá aumentar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), medida que havia sido anunciada mais cedo por Jair Bolsonaro, em Brasília. O ministro afirmou que o presidente "se equivocou" ao mencionar que o tributo seria revisado.
O ruído no alto escalão do governo ocorreu após a sanção da prorrogação de incentivos fiscais concedidos para empresas das áreas da Sudam (Amazônia) e Sudene (Nordeste). Na primeira versão, de Bolsonaro, o aumento da IOF compensaria os benefícios — que têm impacto de R$ 755 milhões — e manteria o Executivo dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal. Depois, a área jurídica da Casa Civil concluiu que a medida não seria necessária.
— Ele (Bolsonaro) se equivocou (...) Eu vim aqui esclarecer porque estava toda uma celeuma estabelecida no país de que ia ter aumento de impostos — disse Onyx.
Ainda durante a tarde, o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, havia rechaçado qualquer aumento da carga tributária, classificando a declaração do presidente a uma "confusão".
Imposto de Renda
Onyx contrapôs outra declaração de Bolsonaro, que havia antecipado que o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciaria ainda nesta sexta-feira (4) a redução da alíquota máxima do Imposto de Renda, de 27,5% para 25%. Segundo o chefe da Casa Civil, não há previsão para que seja feita a alteração.
— A mudança no Imposto de Renda ainda é uma tese (...) Só haverá qualquer alteração a partir do momento em que atingirmos o equilíbrio fiscal — explicou.