O cultivo de oliveiras vem crescendo nos últimos anos. A produção da cultura no Rio Grande do Sul é líder nacional, segundo a Secretaria da Agricultura. A área cultivada aumentou neste ano cerca de 30%, chegando a aproximadamente 3.464 hectares em todo o Estado. Conforme levantamento da Emater, com base nos dados obtidos até 2017, dos 50 municípios produtores, sete ficam na Região Central. A área plantada na região, já passou dos 400 hectares. Os principais municípios produtores são Cachoeira do Sul, São Sepé, Cacequi, Formigueiro, Vila Nova e Caçapava do Sul.
De acordo com o engenheiro agrônomo e assistente técnico regional da Emater, Alfredo Schons, a cultura não traz resultados rápidos e sim permanentes. Ele destaca que, por isso, o cultivo requer produtores especializados que acreditem na resposta futura que o plantio trará.
Schons explica que após a implantação da cultura é necessário o período de três a quatro anos para ter início a primeira colheita. A produção comercial começa a partir do sexto ou sétimo ano de cultivo. A estabilidade da cultura e, consequentemente, o retorno financeiro, somente serão garantidos após pelo menos dez anos de produção, de acordo com o engenheiro agrônomo.
O investimento médio para implantação da cultura varia de R$ 12 mil a R$ 15 mil por hectare que exige uma média de 250 a 300 mudas de oliva cada um. A capacidade produtiva é grande: chega a 10 mil quilos de fruta por hectare. E é aí que está a vantagem de investir na cultura. Para se ter uma ideia no caso da extração de azeite extra virgem – que é o carro-chefe da produção da Região Central - é possível extrair mil litros por hectare.
Segundo a Emater, levando em consideração o preço máximo já praticado, pode se chegar a um rendimento de até R$ 400 o litro do azeite vendido pelo produtor diretamente ao consumidor.
Confira, abaixo, a íntegra do SM de Negócios deste domingo (19):