O dólar acumula alta de de 22,37% em 2018. Além das incertezas relacionadas às eleições presidenciais, que cresceram com a divulgação de pesquisas de intenção de voto, movimentos no cenário externo também pesaram nos últimos meses sobre o mercado. A leitura de que o juro nos Estados Unidos crescerá em nível mais rápido do que o esperado, possíveis reflexos de uma guerra comercial entre americanos e chineses e a crise na Turquia espalharam instabilidade por países como o Brasil.
– A volatilidade é ruim para diversos setores da economia. No país, o câmbio tem alternado períodos de calmaria e de especulação, como neste momento. Ainda é muito cedo para dar tanta atenção a pesquisas eleitorais. A campanha mal começou – pontua o analista Valter Bianchi Filho, sócio-diretor da Fundamenta Investimentos.
As incertezas em relação aos desdobramentos da corrida eleitoral devem seguir no horizonte dos próximos meses. Por isso, dificultam projeções para o comportamento da moeda americana, assinala o economista-chefe da Geral Investimentos, Denilson Alencastro:
– Dependendo do candidato que vencer as eleições, o dólar pode subir mais ou descer.
A edição mais recente do boletim Focus, divulgada na segunda-feira (20), estima que a moeda americana fechará o ano em R$ 3,70. Apresentada pelo Banco Central (BC) semanalmente, a publicação leva em conta previsões feitas por analistas financeiros.