O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, confirmou nesta terça-feira (31) que o governo vai manter o desconto total de R$ 0,46 no preço do litro do óleo diesel até o final do ano, como acordado durante a greve dos caminhoneiros. Apesar disso, Padilha admitiu que, na prática, o preço do diesel pode aumentar dependendo da variação no preço do mercado internacional nos próximos meses.
O ministro afirmou que o governo editará decreto até esta quarta-feira (1º) para renovar a subvenção ao preço do diesel a partir de agosto e manter o subsídio de R$ 0,30 por litro. O valor é o mesmo da medida baixada no início de junho e que vigora até esta terça-feira.
Essa é a parcela do subsídio pelo qual o governo precisa ressarcir a Petrobras e os demais fornecedores do combustível. A União reservou R$ 9,5 bilhões para bancar essa parte do pacote, que ficou conhecido como "bolsa caminhoneiro" após a greve no setor.
— O compromisso que o governo tinha com os caminhoneiros era manter o desconto de R$ 0,46 até 31 de dezembro de 2018. Portanto, vencido o primeiro período em que haverá revisão do preço, variações podem ser positivas ou negativas, e aí teremos o novo preço —declarou Padilha em coletiva de imprensa durante cerimônia de comemoração dos 20 anos do Código de Trânsito Brasileiro, no Palácio do Planalto.
Padilha disse que, se o preço internacional variar, "pode haver aumento" no preço final do diesel no Brasil. Inicialmente, o acordo com os caminhoneiros previa que os aumentos ocorressem a cada 60 dias e depois passariam a ocorrer de 30 em 30 dias.
Questionado se ainda há risco de ocorrer uma nova greve, Padilha disse que o governo está fazendo tudo o que prometeu aos caminhoneiros para evitar paralisações. Ele lembrou que há uma comissão na ANTT trabalhando de forma permanente para dialogar com os interessados e trabalhar na construção da tabela de frete.
— O grande nó que está sendo implantado pela ANTT é ter os termos, os preços da nova tabela,. Isso está sendo construído de forma colegiada entre as várias partes.