A Argentina e o Fundo Monetário Internacional (FMI) fecharam nesta quinta-feira (7) um acordo para empréstimo de US$ 50 bilhões ao país por um período de 36 meses. De acordo com a diretora-gerente da instituição, Christine Lagarde, os termos ainda serão submetidos ao conselho-executivo do órgão.
Com o acordo, a Argentina modificou suas metas de resultado primário e de inflação. Segundo o governo argentino, "para assegurar uma rápida convergência do equilíbrio fiscal", a meta do déficit primário deste ano passou a ser de 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) e de 1,3% do PIB em 2019.
Segundo Lagarde, o pacto prevê que o país alcance superávit primário até 2020.
"Para reduzir a inflação, o plano reforça o esquema de metas com tipo de câmbio flutuante e fortalecimento da autonomia do Banco Central da República da Argentina (BCRA)", disse nota do Ministério da Fazenda argentino.
Agora, as metas de inflação passam a ser de 17% no próximo ano, de 13% em 2020 e de 9% em 2021.
De acordo com o Ministério da Fazenda argentino, "o programa é inovador, já que protege especialmente os setores mais vulneráveis. Em efeito, se inclui explicitamente o monitoramento de indicadores sociais e, pela primeira vez na história em um programa do FMI, uma salvaguarda que permite aumentar o gasto social se o governo argentino considerar necessário".