
Depois de um dia de tensão na área da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, a situação começa a voltar ao normal na manhã desta quinta-feira (31). Apesar do grande aparato policial, caminhões-tanque saem e chegam à refinaria, muitos sem necessidade de escolta. Não há manifestações nesta manhã - apenas um grupo de petroleiros em greve está reunido na área interna, mas não fazem protestos.
Agentes da Brigada Militar, Força Nacional e Exército fazem a segurança do local. No entanto, conforme os agentes, apenas alguns caminhões solicitaram escolta para levar combustível à Região Metropolitana - a maioria sai sem nenhum problema.
Em frente à tropa de Choque do Exército, mobilizada em frente à um dos portões, ainda é possível ver uma das faixas das mobilizações dos dias anteriores: “Socorro Forças Armadas. Queremos intervenção militar já”.
O comandante do 15º Batalhão de Polícia Militar em Canoas, tenente-coronel Valdeci Antunes, afirma que o efetivo será mantido no local até que haja uma orientação diferente do governo do Estado:
– Por enquanto, não temos confirmação oficial do fim das manifestações, até porque ainda há pontos no Interior. Assim, mantemos o efetivo. Na Refap, só entra quem está relacionado ao trabalho lá dentro. Mas nesta manhã, por enquanto, não temos relatos de problemas.
O objetivo da Brigada Militar é escoltar os caminhões-tanque que precisarem e desobstruir as vias, caso haja novas manifestações.
Mesmo com greve, operação segue normalmente
Um grupo de petroleiros em greve se reúne em frente a uma das entradas da refinaria. A categoria está paralisada desde a meia-noite de quarta-feira. Conforme funcionários da Refap ligados ao sindicato, cerca de 80 pessoas seguem trabalhando no local desde 16h de terça-feira, garantindo a operação da refinaria.
– A gente nunca paralisa as atividades, mas o mesmo grupo fica lá trabalhando, cansado. Queremos mostrar nossa insatisfação com a política de preços da Petrobras – afirma Alexandre Chagas, funcionário da Refap ligado ao sindicato
O Sindicato dos Petroleiros do RS (Sindipetro-RS) deve se reunir a partir das 14h para avaliar a orientação da Federação Única dos Petroleiros de suspensão da greve.