onomistas do mercado financeiro elevaram suas projeções para o IPCA para este ano. O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira (30) pelo Banco Central (BC), mostra que a mediana para o IPCA em 2017 foi de 3,06% para 3,08%. Há um mês, estava em 2,95%. Já a projeção para o índice de 2018 permaneceu em 4,02%, ante 4,06% quatro semanas atrás.
Na prática, as projeções de mercado divulgadas hoje no Focus indicam que a expectativa é de que a inflação fique levemente acima do piso da meta, de 3%, em 2017. O centro da meta para este ano e o próximo é de 4,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual (inflação de 3% a 6%).
No dia 6 de outubro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA de setembro subiu 0,16%. No ano, a inflação acumulada é de 1,78% e, nos 12 meses até setembro, de 2,54%.
Na semana passada, o BC atualizou, por meio do comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), suas projeções para o IPCA: 3,3% em 2017, 4,3% em 2018 e 4,2% em 2019.
Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2017 no Focus seguiu em 3,05%. Portanto, estas casas também preveem que o BC cumprirá a meta, já que a inflação ficará acima do piso de 3,0%. Para 2018, a estimativa do Top 5 seguiu em 4,00%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 2,81% e 4,09%, respectivamente.
Preços administrados
O Relatório de Mercado Focus indicou uma pequena elevação na projeção para os preços administrados neste ano. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador em 2017 foi de alta de 6,82% para avanço de 6,83%. Para 2018, a mediana permaneceu em 4,80%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 6,50% para os preços administrados em 2017 e elevação de 4,70% em 2018.
No Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado em setembro, o BC atualizou suas projeções de alta para os preços administrados: 7,4% em 2017, 5,2% em 2018, 4,3% em 2019 e 4,2% em 2020.
Na semana passada, foi a vez de a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciar o aumento de R$ 3,50 para R$ 5 do adicional cobrado nas tarifas de energia a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. É a bandeira vermelha patamar 2 com uma cobrança ainda mais cara.