Desde a manhã desta segunda-feira, três dias após a Polícia Federal (PF) deflagrar a Operação Carne Fraca, alunos da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) que frequentam o restaurante Sabor Família – um dos 21 estabelecimentos que comercializam buffets ou lanches na instituição de ensino – são alertados, por meio de dois cartazes, sobre a procedência das carnes servidas no estabelecimento. Os avisos – colocados na entrada e dentro do recinto – deixam claro, com o uso de letras maiúsculas, que os fornecedores não estão entre os investigados pela PF. Um dos cartazes informa:
"Prezados clientes nossos fornecedores de carnes são:
Frango: Carrer e Ave Serra.
Carne: Frigorifico Zimmer e 3K.
Suíno: Borrusia e Alibem. (sic)"
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A assessoria de comunicação da PUCRS afirmou que "a atitude de colocar os objetos partiu do locatário do estabelecimento e é uma ação isolada". O serviço de comunicação também afirmou que a universidade está estudando "uma orientação aos restaurantes permissionários sobre a atenção na escolha dos fornecedores de carnes". A instituição salienta que "a escolha dos abastecedores" é decidida, exclusivamente, pelos proprietários dos bares e restaurantes.
A diretora da unidade da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Rio Grande do Sul (Abrasel-RS), Thais Kapp, afirmou que um "levantamento rápido feito pela entidade registrou que nenhum dos associados contatados relatou a utilização de cartazes ou outras sinalizações quanto à procedência de carnes utilizadas nos pratos". Ainda segundo a Abrasel, "os filiados não informaram questionamentos de clientes sobre a origem do alimento".
*Zero Hora