Com grande projeto de celulose em andamento no Estado - o da Celulose Riograndense, avaliado em R$ 5 bilhões -, um estudo de pesquisadores brasileiros poderá significar um salto expressivo nos ganhos do setor. Um eucalipto transgênico está à espera de aprovação da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio).
O processo ainda poderá levar um ano, mas significará, ao ser implantado, crescimento 30% mais rápido em relação aos sete anos normais.
- Temos uma demanda gigantesca pelo produto e há multinacionais correndo atrás desta tecnologia, mas foi desenvolvida por uma empresa brasileira, a FuturaGene - conta o professor Leandro Astarita, da Faculdade de Biociências da PUCRS.
A CTNBio também já liberou para testes em campo outros produtos transgênicos, como laranja, cana-de-açúcar e alface rica em ácido fólico, importante para o desenvolvimento de fetos. Até hoje, já foram deferidos 59 produtos transgênicos pelo órgão, com destaque para soja e milho, acrescenta Adriana Brondani, diretora do Conselho de Informações sobre Biotecnologia.
Há uma semana, por exemplo, foi aprovado o mosquito transgênico, o primeiro do mundo, que contribuirá para combater a dengue. Uma empresa inglesa entrou em contato com uma pesquisadora da USP para desenvolver o trabalho e, se alguma prefeitura brasileira se interessar, terá de pagar pelo uso da tecnologia.