O Banco Central (BC) está mais pessimista com o crescimento em 2013. Para a instituição, o Brasil fechará o terceiro ano do governo Dilma Rousseff com alta de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB). Para o acumulado em 12 meses até o terceiro trimestre de 2014, o BC prevê uma alta do PIB de também 2,3%.
A projeção do BC há três meses era de um crescimento de 2,5% ao longo deste ano. Em junho, o BC esperava um alta do PIB de 2,7%.
A nova previsão aparece no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de dezembro, divulgado nesta sexta-feira, 20. No relatório de março, o BC esperava alta de 3,1% do PIB.
A estimativa do BC é menor do que a do Ministério da Fazenda, que projetou, no relatório de despesas e receitas do Orçamento de 2013 um crescimento de 2,5% do PIB. No primeiro ano do seu governo, a presidente Dilma Rousseff conseguiu um crescimento de 2,7% e, no segundo, de apenas 0,9%.
Para Dilma, o crescimento do PIB deste ano deve ficar "entre 2% e 2% e pouco". A pesquisa Focus, que coleta previsões dos analistas do mercado financeiro, projeta um crescimento de 2,30% neste ano e de 2,01% em 2014.
Inflação
O governo Dilma Rousseff vai entregar ao final de 2013 uma inflação sem melhora em relação ao ano passado, prevê o BC. A projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) se manteve em 5,8% para final de 2013, no cenário de referência, revela o RTI. Em 2012, o IPCA fechou em 5,84% e em 6,50% em 2011.
Ao longo de 2013, o presidente do BC, Alexandre Tombini, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, prometeram em várias ocasiões uma inflação menor em 2013 do que em 2012. A queda da inflação este ano também foi uma promessa da presidente Dilma.
A estimativa do IPCA ao final deste ano está ainda muito distante do centro da meta de inflação estabelecida pelo próprio governo, de 4,5%. Pelas novas projeções do BC, o IPCA no último ano do governo da presidente Dilma permanecerá ainda em patamares elevados, devendo ficar em 5,6%, ligeiramente abaixo da estimativa anterior, de 5,7%. Para o IPCA acumulado em 12 meses no primeiro ano do próximo governo, em 2015, o BC projeta uma inflação de 5,4%.