Uso de imagens, inteligência artificial, ferramentas de automação e monitoramento. Cada vez mais, as tecnologias disruptivas estão disponíveis para o campo. Com essa proposta, a Arena Agrodigital na Expodireto Cotrijal 2023 é a oportunidade para a pesquisa e o intercâmbio de conhecimentos.
Segundo informa o superintendente Administrativo Financeiro da Cotrijal, Marcelo Ivan Schwalbert, a Arena vai contar com painéis, fóruns e palestras com representantes dos principais lugares do mundo em relação à inovação: Estados Unidos, China, Israel e Europa. O ambiente também vai promover o lançamento do 6º Congresso Sul-americano de Agricultura de Precisão e Máquinas Precisas.
— Será um momento único de ter acesso a uma comitiva da União Europeia que vai abordar o ESG (sigla em inglês para governança ambiental e social) e as oportunidades de biocombustíveis — frisa.
Entre as tecnologias em destaque na Arena, Schwalbert aponta a ampliação dos drones de pulverização e mapeamento, bem como o crescimento das agritechs, que aumentaram não somente em quantidade, mas em sua consolidação, com soluções aplicáveis para venda.
— Haverá uma imersão ao metaverso por meio de uma cabine que teremos disponível e um espaço para produzir conteúdos para podcast a serem compartilhados em streamings — destaca.
Já o head de Inovação da Cotrijal, Jonas Algeri, comenta que nesta edição a estrutura proporcionará de uma forma muito intensa a conexão entre os ecossistemas de inovação, com foco no produtor rural. Empresas, hubs e startups estarão na Arena com as melhores soluções para construir grandes cases de inovação para o agronegócio.
— Um dos protagonistas é o Cubo Itaú. A expectativa é de fomentar a colaboração nas transformações relacionadas à descarbonização de setores prioritários e impulsionar o desenvolvimento da inovação no segmento — pontua.
Outra presença será a Aliança Empresarial Norte, que tem como propósito transformar a realidade da região Norte do Rio Grande do Sul. A iniciativa estimula a colaboração, o empreendedorismo e a inovação, gerando agregação de valor, desenvolvimento e impacto socioeconômico.
Drones de pulverização
Uma das grandes atrações do evento é a Flying Arena. A ação vai possibilitar aos produtores rurais uma experiência completamente imersiva, observando na prática o funcionamento dos drones de pulverização. O intuito é mostrar que a tecnologia é acessível para que os produtores possam melhorar o desempenho e aumentar a produtividade no campo.
Entre as demonstrações de voo, estarão dois modelos de aeronaves: o T10, que possui capacidade de 10 litros para pulverização, e o T40, com 40 litros. Conforme comenta a engenheira agrônoma e coordenadora de Aviação Agrícola da ADS, Isabella Junges Rosa, os drones garantem uma maior sustentabilidade, pois possibilitam menos uso de água e defensivos.
— Eles permitem ter uma segurança na aplicação, pois o operador não está em contato direto com o defensivo durante a aplicação. Existem as possibilidades de operação em culturas de portes variados e em solos úmidos — complementa.
Com a necessidade de adoção de práticas sustentáveis na produção agrícola, a AKVO ESG desenvolveu uma plataforma totalmente online. A tecnologia contribui para que negócios de todos os portes se tornem sustentáveis de forma eficiente, ágil e simples, garantindo a transparência e confiança nas informações.
A plataforma possibilita fazer a gestão das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), estabelecendo metas de redução, traçando planos de ação e acompanhando a evolução ao longo do tempo. Outros recursos são para compensar as emissões de GEE com a aquisição de créditos de carbono certificados e planejar a redução de emissões com metas e planos de ação.
Agronegócio e mudanças climáticas
Para o diretor técnico da AKVO ESG, Thomaz Tomazoni, o agronegócio é um setor que está diretamente ligado às mudanças climáticas e à emissão de gases de efeito estufa. Está envolvido em um impacto significativo na produção agrícola, como o aumento da frequência e da intensidade de eventos climáticos extremos, como secas, enchentes e ondas de calor, que podem afetar negativamente as colheitas e a produtividade.
— Além disso, o setor agropecuário é responsável por uma parcela significativa das emissões de gases de efeito estufa, principalmente metano e óxido nitroso, que são emitidos pela fermentação entérica de animais ruminantes, pela gestão de resíduos agrícolas e pela aplicação de fertilizantes — sinaliza.