Responde: Marcelo Conceição (Bolinha), sócio da casa de carnes Marcelo Bolinha
Restam poucas alternativas, pois todas as proteínas irão aumentar de valor, seja suíno, ovino, bovino ou frango. Como os preços vão subir de maneira geral, o consumidor acabará não tendo muito para onde migrar. Até as carnes de frango e de suíno, que costumam ser mais baratas e servem de alternativas ao bovino, vão aumentar de preço.
Para não estourar o orçamento, é recomendável que o consumidor busque cortes diferentes. Saber comprar é a melhor dica.
No bovino, os dianteiros, conhecidos como carnes de segunda, estão ganhando mais espaço nos churrascos. Com a melhora da qualidade do gado brasileiro, esses cortes daqui a pouco ganharão novo status e ter valor dos de primeira.
Nos suínos, cortes interessantes e que acabam ficando mais acessíveis nas gôndolas são a paleta, o pernil e o carré, conhecido como bisteca com osso. No frango, quase todos os pedaços podem ser interessantes, com exceção do peito (com e sem osso). Podem ser alternativas a peça inteira, a coxa e a sobrecoxa.
Essa alta de preço tem influência do “efeito China”. Os asiáticos estão comprando proteína do Brasil e isso se reflete nos preços localmente. Portanto, se a China continuar com essa fome por proteína, não vai ser fácil fazer churrasco todo fim de semana.