A quatro dias do segundo turno das eleições no Brasil, o cenário político ganhou espaço nesta quarta-feira (24), durante o 3º Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio, que reúne 1,5 mil pessoas em São Paulo. Economistas reforçaram que, independentemente de quem vencer o pleito, as incertezas em relação à economia brasileira continuarão.
– O quadro é muito desafiador, especialmente por conta das reformas econômicas que precisam ser feitas –disse Zeina Latif, economista-chefe da XP Investimentos.
Zeina citou a necessidade urgente de alterar a previdência, que considera "injusto e insustentável":
– Quando fala em mudanças, todos os setores se acham especiais. Pode mexer em outra categoria, não na minha.
Para a economista Tatiana Gil Gomes, do Banco Alfa, é importante a população mirar o futuro, optando por um projeto que leve o país a crescer.
– Se cada um olhar para o seu umbigo, para medidas que lhe interessem, não há mudança estrutural – alertou a especialista.
A preocupação é justificada principalmente pelos impactos dos rumos da política econômica para o agronegócio, da variação cambial ao consumo das famílias brasileiras.
– É por meio da organização da sociedade civil, incluindo vocês produtoras, que devemos cobrar não uma política individual a um setor, mas uma política coletiva para a sociedade – recomendou a economista Cristina Mendonça de Barros, da MB Associados.
Durante o evento, palestrantes e participantes também discutiram a possibilidade de unir os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente. A avaliação é de que a eventual medida não é benéfica para o país.
*A jornalista viajou a convite da Corteva Agriscience