O Brasil será o primeiro país do mundo a receber a Academia de Liderança das Mulheres do Agronegócio. Lançada nesta terça-feira (23), durante o 3º Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio, em São Paulo, a iniciativa oferecerá treinamento gratuito a produtoras rurais.
– Percebemos que muitas vozes femininas ainda não estão sendo ouvidas no agro brasileiro. Isso nos motivou a começar o programa aqui – disse Tiffany Atwell, líder global de relações governamentais da Corteva Agriscience (divisão agrícola da DowDuPont), que executará o projeto em parceira com a Fundação Dom Cabral e a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag).
A primeira turma, em caráter piloto, com 20 produtoras , já está com processo seletivo em andamento. As aulas começarão em fevereiro de 2019. Para 2020, a intenção é ampliar para 300 vagas.
– Queremos avançar rápido, preenchendo uma lacuna de formação em gestão e liderança que ainda existe, não só entre mulheres, mas no setor como um todo – afirma Luiz Cornacchioni, diretor-executivo da Abag.
A formação será composta por três módulos, que somarão 72 horas presenciais, com aulas em São Paulo, em Brasília e em Minas Gerais, sede da Dom Cabral.
– Preparamos profissionais para serem protagonistas em suas organizações. E, no caso das mulheres, pesquisas mostram que elas precisam se sentir 120% preparadas para buscar seus espaços – destaca Viviane Barreto, diretora da fundação.
Além das aulas presenciais sobre boas práticas agrícolas, temas regulatórios e sustentabilidade, a formação terá seminários online sobre assuntos relacionados à liderança agro.
*A jornalista viajou a convite da Corteva Agriscience