Com o clima favorável para as principais lavouras de verão do norte do Estado, a Emater revisou para cima a expectativa de produção na safra 2017/2018 no Rio Grande do Sul. A projeção agora é de uma colheita de 30,1 milhões de toneladas. A estimativa anterior era de 29,2 milhões de toneladas. Mesmo assim, será inferior ao ciclo 2016/2017, que alcançou 33,6 milhões de toneladas.
De acordo com o levantamento realizado na primeira quinzena de fevereiro, a soja pode chegar a uma colheita de 17,1 milhões de toneladas, 2,3% acima do inicialmente esperado. As regiões de Frederico Westphalen (+17,5%), Santa Rosa (+15,2%) e Erechim (+12,8%) tiveram as maiores revisões dos números da soja para cima. Os dados, observa a Emater, são parciais e podem mudar nas próximas semanas.
No milho, a projeção é de safra de 4,6 milhões de toneladas. É 2,2% melhor do que o estimado na época de formação das lavouras.
O volume de chuva satisfatório no Norte, que concentra a maior parte da produção agrícola gaúcha, mais do que compensou a estiagem no Sul, onde falta umidade no solo. Na região sob abrangência de Bagé, a produção de soja esperada agora é de 1,6 milhão de toneladas, 6,6% a menos do que os primeiros números apontavam. Nos municípios subordinados ao escritório regional de Pelotas, a perda é ainda maior: 18%. Na área de Porto Alegre, redução de 11,9%.
Em relação ao milho, a quebra mais acentuada foi na região de Pelotas, a mais afetada pela estiagem na Metade Sul. A redução esperada na produção é de 41,8%, para 110 mil toneladas.
A única cultura que a Emater revisou para baixo foi a do arroz. Espera agora 8,2 milhões de toneladas, corte de 3,4%. O Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), porém, projeta 7,87 milhões de toneladas.
Como a soja e o milho, a safra de feijão tende a ter volume maior de produção. A colheita deve chegar a 69 mil toneladas, 14,4% acima do inicialmente esperado.