Ao contrário do que ocorre na esfera federal, o deputado estadual Ernani Polo (PP) chegará ao comando da Secretaria da Agricultura do Estado com a vantagem da aprovação. Líderes de entidades do setor convergem para o discurso quando se referem ao futuro secretário.
- É um deputado que tem o cheiro da terra - opina Gedeão Pereira, vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado (Farsul).
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Afora identicações do segmento com o partido, Polo montou na agricultura uma das suas bases de trabalho dentro da carreira política. De família de produtores rurais, nasceu em Ijuí, mas cresceu em Santo Augusto. Foi lá também que pai, mãe, primos e tios construíram carreira política e onde ele começou como vereador.
- Tenho as melhores referências. É identificado com o setor agropecuário, de uma região de produtores - avalia Paulo Pires, presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado (Fecoagro-RS).
Também há sincronia no que é percebido como prioridade para a pasta. A começar com a irrigação e a sugestão para continuidade e ampliação do programa criado pelo atual governo, o Mais Água, Mais Renda.
Entra aí outra questão recorrente nos pedidos do setor: a de que se tenha mais agilidade na liberação das licenças ambientais.
- Há ainda a questão da energia no meio rural - reforça Pereira.
Não por acaso, o tema também promete ser o centro da polêmica no novo governo. Antes mesmo de estar composta, a Secretaria do Meio Ambiente - à qual é vinculada a Fepam - provocou reações de entidades ambientalistas.
- Essa questão das licenças tem de ser enfrentada - afirma o novo secretário da Agricultura.
Polo quer buscar um denominador comum nesta e em outras questões. Talvez o primeiro grande desafio venha a ser ajustar contas. O governador José Ivo Sartori já sinalizou enxugamento da máquina administrativa - o que pode obrigar cada pasta a dar sua própria cota de sacrifício.