Letícia Paludo
Imagine três amigas em uma sala falando de qualquer que seja o assunto: a primeira começa a frase, a segunda já entra no embalo para complementar, e a terceira faz questão de concluir sem deixar o ritmo se perder. É nessa conversa meio entrecortada que aparece a intimidade que existe entre a costureira Ildina Müller dos Santos, 73 anos, a dona de casa Noemia Moura da Silva, 60, e a psiquiatra aposentada Tânia Bonini, 73. Também dá para notar a conexão a cada vez que a mão de uma pousa no ombro da vizinha cuja voz embargou. São gestos que não deixam dúvidas de que elas vivem “uma irmandade”, como Tânia define a relação. Um laço de amor e amparo atado há cerca de 25 anos, quando as três receberam o diagnóstico de câncer de mama.
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