Por causa da pandemia, neste ano, o Miss Brasil terá uma dinâmica diferente - e a candidata do país ao Miss Universo será conhecida até agosto. Em vídeo publicado na madrugada desta terça-feira (7), no canal oficial do U Miss no YouTube, o novo diretor nacional do concurso no país, o empresário gaúcho Winston Ling, revelou que a nova representante brasileira será indicada.
Isso significa que não haverá uma competição ou um evento com desfiles e perguntas ao vivo no final, mas que uma mulher será escolhida para ocupar o posto. Ainda segundo Ling, para essa indicação, uma comissão de jurados vai escolher uma entre as atuais misses brasileiras. Essa equipe analisa agora perfis, fotos e entrevistas publicadas nas mídias sociais e internet.
— Estamos correndo contra o tempo, já que adquiri recentemente a franquia, agora na metade do ano. Infelizmente, não vamos poder fazer um concurso como nos anos anteriores, com plateia e grande público. Assim como vários outros países já fizeram, vamos indicar uma representante do Brasil dentro dos critérios que o Miss Universo exige — explicou o novo dono do Miss Brasil ao jornalista baiano Roberto Macêdo, coordenador nacional do projeto.
Macêdo comentou recentemente, inclusive, que será permitida a participação de mulheres transsexuais na disputa.
A organização do Miss Universo definiu que as misses nacionais devem estar escolhidas até agosto deste ano e que, por conta da pandemia, podem ser indicadas. A empresa trabalha com os meses de dezembro ou janeiro para realizar o famoso concurso, mas a disputa poderá acontecer antes, dependendo da evolução da covid-19 no planeta.
Miss Universo Brasil
Como bom fã de concursos, Ling também revelou que uma de suas metas com a nova empreitada é tentar trazer o Miss Universo pela terceira vez para o Brasil. A última vez que o evento se deu por aqui foi em São Paulo, em 2011, culminando na vitória da angolana Leila Lopes.
Além de empresário, Ling é economista, engenheiro e investidor da plataforma online gratuita SoulTV, um canal interativo de vídeos chamado pela nova organização de "a primeira social TV interativa do mundo". Como inicialmente essa nova era do Miss Brasil não tem a parceria de um canal de TV aberta, o destino online será a base do concurso, que deve hospedar ainda canais sobre o mundo miss, de diversas naturezas.
— Essa plataforma comporta vários canais de televisão e, com isso, me deu essa ideia de formar um canal só para os concursos de miss. Os concursos de miss dependem hoje dos coordenadores estaduais e municipais, que têm muita dificuldade de realizar seus eventos e conseguir patrocínios. Pensei então nesse canal de televisão 24 horas só para os concursos de miss — explicou Ling.
O Brasil já venceu o concurso mundial duas vezes: em 1963, com a gaúcha Ieda Maria Vargas, e em 1968, com a baiana Martha Vasconcellos.
A atual detentora do título nacional é a mineira Júlia Horta, de 26 anos, que, eleita em março de 2019, está à frente do posto há um ano e quatro meses.
— Independentemente de como será o anúncio, sei que vou passar a coroa em um estúdio, que já me avisaram também. Estou aguardando — contou ela.
Até 2019, o Miss Brasil era realizado pela gigante Polishop, por meio de sua marca de cosméticos Be Emotion, em parceria com a Band TV. Entretanto, no ano passado, o contrato entre as empresas acabou e não foi renovado, descontinuando a realização da competição de beleza. Desde então, não houve notícia sobre o retorno da eleição, até agora.