Depois do sucesso do livro O Cocô Amigo, a cartunista e ilustradora Mauren Veras conta de seu jeito lúdico outra passagem da infância: largar a chupeta.
A experiência com o filho Elvis, então com três anos (ela também é mãe de Ramona), levou Mauren a pesquisar mais sobre o assunto. Ao ver o desconforto do pequeno ao entregar a chupeta para o Papai Noel, ela passou a imaginar formas leves e divertidas para ajudar as mães a lidarem com este momento.
Assim nasceu A Cidade das Chupetas, que conta a história de um menino que deixa com que a amiga Pepeta siga o caminho de volta para sua terra natal.
– Não deixa de ser um exercício de empatia, afinal a Pepeta quer voltar para o seu lar, junto de seus amigos e da família – conta Mauren.
SERVIÇO
- "A Cidade das Chupetas", de Mauren Veras, pela Much Editora.
- Vendas pelo link mucheditora.com.
- Por R$ 45,90.
A cada família, uma boa história
Tirar a chupeta pode ser um momento de bastante estresse para a criança, mas também proporciona uma série de episódios fofos. Perguntamos no Grupo de Mães Donna no Facebook como foi a experiência delas. Mauren Veras escolheu estas três histórias para ilustrar.
Abaixo, veja o resultado que Jeanine, Tati e Paula irão guardar de recordação das suas filhinhas.
O cachorro comeu?
"Minha pequena tinha quatro anos, ficou na casa de um amiguinho para brincar em um sábado à tarde, e nós esquecemos de pegar a chupeta quando a buscamos. Só de noite, quando foi dormir, percebemos. Foi até tranquilo porque prometemos ir buscar no outro dia. Mas achamos que era a oportunidade ideal para ela largar a chupeta, então inventamos que o cachorro do amigo tinha comido, e que, agora, teríamos que esperar ele fazer cocô para ver se a chupeta sairia inteira (risos).
E assim enrolamos por uns dias, até que encontramos a mãe do amigo na saída do colégio, que já sabia da história. Ela nos ajudou e disse que a chupeta saiu aos pedaços. Minha filha ficou triste, mas falamos que ela tinha que estar feliz porque não deixou o cachorro doente (ela adora cachorros, então ficou aliviada). Daí, perdeu o interesse na chupeta e não pediu mais."
Jeanine Pedroso, 48 anos, mãe de Maithê, 13 anos, e Anthônia, de seis
Bailarina - e sem chupeta
"Minha filha usava até os três anos para dormir. Um dia, fui buscá-la na escola e ela me disse: “Mamãe, quero fazer balé”. Eu respondi que tudo bem, mas que deveria largar a chupeta. No mesmo dia, jogou no lixo e seguiu fazendo balé até os oito anos. E nunca mais quis saber de chupeta."
Tati Casser, 46 anos, mãe da Diana, hoje com 10 anos
Chupeta que... vira brinquedo?
Quando minha filha fez dois anos, falei que, se ela entregasse as chupetas para o Papai Noel, ele as transformaria em brinquedos. Eis que na volta da escola vejo na mochila várias chupetas que não eram as dela. Questionei, e ela me respondeu com a maior naturalidade: "Mamãe, Papai Noel me trará muitos brinquedos! No outro dia, tive que devolver e pedir desculpa para a professora pelo ‘roubo’ das chupetas reservas da sala de aula!".
Paula Faustini Mosmann, 35 anos, mãe de Laura, quatro anos, e do Caio, de dois