O príncipe William, após vários meses fora dos holofotes, devido ao câncer de sua esposa, Kate Middleton, volta à cena com um documentário centrado em seu compromisso com as pessoas sem moradia e no qual ele se lembra da mãe, a princesa Diana, que morreu em 1997.
Após ser visto recentemente em jogos de futebol de sua equipe, Aston Villa, e da seleção inglesa, como a final perdida na Eurocopa contra a Espanha em julho, ele lança o documentário chamado Prince William: We Can End Homelessness (Príncipe William: Podemos Acabar com a Falta de Moradia, em tradução livre).
William, de 42 anos, tenta chegar a uma grande audiência com o documentário, que é dirigido por Leo Burley, vencedor de um Bafta, o Oscar britânico, em 2023. A produção será transmitida nesta quarta (30) e quinta-feira (31) na rede britânica ITV e, na sexta (1º), na plataforma de streaming Disney+.
Além de mostrar sua luta em defesa dos sem-teto, aparecem lembranças de sua infância ao lado de Diana, que morreu em um acidente de trânsito em Paris em 1997 e que também se dedicou à mesma causa.
Em 1993, a então princesa Diana de Gales levou o atual herdeiro do trono britânico para uma visita a The Passage, uma organização beneficente londrina, fundada em 1980, onde William conversou e jogou xadrez com pessoas sem moradia.
Legado de Diana
Foi sua mãe que lhe transmitiu esse interesse pelos sem-teto, e que o próprio William tenta passar para seus três filhos, George, Charlotte e Louis.
— Quando era pequeno, minha mãe começou a me falar sobre a falta de moradia, como faço com meus filhos quando os levo à escola e vemos pessoas que dormem nas ruas — explica William no documentário.
Em setembro, sua esposa, Kate Middleton, de 42 anos, anunciou que havia encerrado o tratamento de quimioterapia ao qual estava sendo submetida, depois de anunciar, em março, que estava com câncer. Não foram revelados maiores detalhes sobre a doença.
O documentário narra o trabalho de Homewards, um programa de cinco anos lançado pela fundação de Kate e William, que trabalha em seis cidades do Reino Unido e que busca demonstrar que é possível acabar com o problema das pessoas em situação de rua.
Menção a Harry
Quando visitou o centro chamado The Passage, ao lado de sua mãe e de seu irmão, Harry, William tinha 10 anos e começava a ter consciência de um mundo que nada tinha a ver com o seu.
— Ela nos levou, Harry e eu (a esse centro). Eu estava um pouco nervoso, realmente não sabia o que esperar — recorda-se William em um trecho do documentário que foi transmitido antes de sua veiculação.
Essa simples menção ao seu irmão é importante por ser a primeira vez que fala dele em seis anos.
— Minha mãe demonstrou sua capacidade habitual de fazer com que todos se sentissem à vontade, rindo e brincando com todos. Lembro-me de ter pensado que, se eles são sem-teto, devem estar tristes, mas fiquei surpreso ao ver uma atmosfera tão alegre — lembrou ele.
Importância do documentário
Para Pauline Maclaran, professora da Royal Holloway University, esse documentário é "uma oportunidade de deixar uma marca".
Quase 3.900 pessoas dormem na rua todas as noites na Inglaterra, de acordo com dados oficiais.
E, para a monarquia, preocupada com sua popularidade, é uma tentativa de "alcançar um público mais jovem", diz.