O Miss Universo Brasil 2023 terá duas gaúchas concorrendo à coroa. Isso porque, além da modelo e estudante de jornalismo Maria Eduarda Brechane, 19 anos, que representa o Rio Grande do Sul no concurso, a Miss São Paulo também é natural do estado.
A modelo e atriz Vitória Brodt, 24, nasceu em Porto Alegre, é formada em Teatro, chegou a iniciar o curso de Pedagogia e depois mudou para Economia. Antes do Miss São Paulo, a jovem já havia concorrido à etapa gaúcha, em 2018, e representou o Estado no Miss Grand Brasil em 2022.
De acordo com o g1, a gaúcha se mudou para a capital paulista no ano passado em busca de oportunidades nas carreiras de atriz e apresentadora. Assim como o Miss Universo Brasil, a competição local não exige que as candidatas residam ou sejam naturais da cidade ou estado que representam.
No Miss São Paulo, ela escolheu Campinas para concorrer à etapa estadual. Em entrevista ao g1, Vitória declarou ter uma relação emocional muito forte com a cidade. Além disso, ela considera morar por lá no futuro para constituir família, por considerar mais tranquila do que a capital.
— De fato, acredito muito na educação, na ciência, e Campinas detém uma grande porcentagem de todo aparato científico do nosso país. É uma coisa muito impressionante ver o quanto a cidade cresce, se desenvolve. Uma cidade que acolhe — disse a modelo.
No próximo sábado (8), a partir das 21h, Vitória disputa com outras 26 candidatas a coroa de Miss Universo Brasil 2023. Caso seja a vencedora, seu objetivo é atuar em projetos para refugiados no país. Ela acredita que o título é muito mais do que ser a mulher mais bonita.
— Muitas pessoas não veem, mas são cinco anos de preparação para este momento. Oratória, aulas de geopolítica, inglês, passarela, postura, etiqueta. Capta pela beleza, mas o que fica é o que se pode trazer de integração e força para a sociedade. Quero trabalhar junto ao Miss Universo para gerar capacitação para as pessoas, há networking para que coisas boas aconteçam, ajudar a colocar refugiados no mercado de trabalho brasileiro — comentou.
Além disso, Vitória enfrentou uma situação delicada durante a seletiva para as finalistas do Miss São Paulo: ela foi comunicada sobre a morte da avó, Denise, que morreu em decorrência de um câncer:
— Eu senti que havia acontecido na noite anterior, mas a minha família não contou. Quando estava entrando na seletiva, com mais de 70 modelos, meu pai mandou uma mensagem porque achou que a etapa já tinha terminado e contou. Fiquei abalada, mas parece que ela estava comigo e levo junto nesse sonho.
Maria Eduarda Brechane
A rio-grandina Maria Eduarda Brechane representa o Rio Grande do Sul no concurso. Antes de ir para o confinamento, ela conversou com a revista Donna e falou sobre a preparação para o Miss Brasil. Maria disse que confia na força do “DNA gaúcho” para garantir a 15ª conquista para o Estado, que é líder nacional em número em vitórias.
— Uma miss precisa ser líder transformacional, alguém que venha para impactar. Hoje, só a beleza não basta, ela precisa ter uma voz e uma imponência. Precisa ser forte e firme, e é por isso que agradeço todos os dias por ser gaúcha, porque nos é ensinado a ser fortes e lutar por aquilo em que acreditamos. Posso dizer que a miss do Rio Grande do Sul é forte — diz.
Maria investiu em estudo, terapia, atividades físicas e mentoria para lidar com eventuais haters da internet e com suas próprias expectativas.
— Eu acordo, treino, vejo concursos anteriores, estudo a nossa sociedade e as deficiências que se tem hoje. É um trabalho em conjunto com o setor público, com as questões de trabalho social que eu mantenho. Então eu continuo com toda a garra que tive para o Miss Rio Grande do Sul, agora focando no Miss Brasil — garante.