A batalha do ex-casal Brad Pitt, 59 anos, e Angelina Jolie, 47, pela posse de seu patrimônio parece estar longe de ter um fim. Em um processo de divórcio que se arrastou de 2016 a 2019, os atores resolveram apenas uma parte das pendências e, conforme o site norte-americano Page Six, Pitt acusa a ex-esposa de conspiração para se apropriar de bens que seriam dos dois, motivada por vingança.
A publicação afirma ter obtido documentos que revelam uma série de apontamentos que feitos pelo astro de cinema contra Angelina durante a disputa judicial pela guarda dos filhos – Maddox, 21, Pax, 18, Zahara, 17, Shiloh, 16, e os gêmeos Knox e Vivienne, 14 –, em 2021. Segundo ele, a artista teria, entre outras coisas, vendido em segredo parte de uma vinícola francesa, estimada em US$ 30 milhões (cerca de R$ 148,8 milhões), que haviam combinado não negociar sem que houvesse a aprovação dos dois.
Pitt teria descoberto, por meio de um comunicado à imprensa, no mesmo ano, que a parte da atriz, que representa menos de 30% da propriedade, havia sido repassada ao russo Yuri Shefler, dono do Stoli Group, por metade do valor total do imóvel. O empresário já havia tentado realizar a compra da vinícola anteriormente, mas o negócio não teria se concretizado por decisão do ator, proprietário de cerca de 70% do bem.
O relato do artista daria conta de que sua ex-esposa e Shefler ainda teriam tramado para que ele nunca soubesse dos detalhes da transação. Ainda segundo os documentos do processo, os advogados de Brad Pitt argumentaram que inicialmente Angelina havia concordado em vender sua parte ao ex, mas que teria desistido por má-fé:
“A decisão dela de encerrar as negociações com Pitt foi intencional e pretextual. Como será demonstrado no julgamento, as ações de Jolie foram ilegais, prejudicando severa e intencionalmente Pitt e enriquecendo-a injustamente".
A propriedade, chamada Miraval, foi adquirida pelo então casal em 2008 e está localizada na vila de Correns, no sudoeste da França. Nela, há uma mansão com amplos jardins e 35 quartos.
A guarda dos filhos
Em 2018, Brad Pitt e Angelina Jolie chegaram a um acordo temporário para a guarda compartilhada dos filhos, mas não conseguiram entrar em consenso sobre uma situação permanente. Em razão disso, Angelina abriu um processo que solicitava a responsabilidade exclusiva pelos menores.
O pedido foi negado e, em maio de 2021, ficou estabelecida a modalidade compartilhada. Ela recorreu e, em um novo julgamento, obteve a guarda exclusiva dos filhos, garantindo ao pai, no entanto, o direito de visitá-los. O ator tentou duas vezes reverter a decisão, mas a Suprema Corte não o atendeu.