O novo livro de memórias de Pamela Anderson, intitulado Love, Pamela, chega às livrarias norte-americanas nesta terça-feira (31), mas a atriz e modelo já adiantou o conteúdo da autobiografia. Em entrevista à revista Variety, ela lembrou que sofreu três casos de abuso sexual antes mesmo de completar 18 anos e revelou que narra esses eventos no livro.
O primeiro deles ocorreu quando era apenas criança e uma babá a molestou repetidas vezes. Mais tarde, aos 12 anos, foi estuprada por um homem de 25. Quando já estava no ensino médio, um namorado e o grupo de amigos dele abusaram sexualmente dela.
— Os predadores procuram alguém para fazer coisas que são tão humilhantes que você teria vergonha de contar a alguém. Esse tipo de coisa realmente marca o resto da sua vida. Você bloqueia as coisas ou vai lidar com isso mais tarde. E estou lidando com isso agora — afirmou.
Em Love, Pamela, a modelo ainda explica que acredita que seus relacionamentos foram moldados pelo exemplo que tinha em casa, já que, quando era criança, presenciou o pai usando violência física contra a mãe.
Anos mais tarde, foi vítima de violência doméstica quando seu então marido, o baterista Tommy Lee, ficou seis meses preso após chutá-lo com o filho deles, Dylan, no colo. Depois disso, ela pediu o divórcio.
— Eu não sou uma vítima e não sou a donzela em perigo. Eu fiz minhas escolhas na minha vida. Algumas obviamente foram feitas por mim, mas sempre consegui me reencontrar. E isso criou uma pessoa e uma mãe forte — opinou.
Pam & Tommy
Pamela e Tommy Lee formavam um dos casais mais famosos dos anos 1990 e se envolveram em um escândalo após o vazamento de uma sex tape. A história foi contada na minissérie Pam & Tommy, disponível no Star+, no qual Lily James e Sebastian Stan vivem o casal. Contudo, a modelo já deixou claro que não é fã da produção.
À Variety, ela disse que o lançamento do seriado distraiu as pessoas de seus feitos mais recentes, como ter estrelado o musical Chicago na Broadway em 2022.
— Tommy provavelmente achou engraçado. Lembro de Tommy me escrevendo um bilhete dizendo: "Não deixe que isso te machuque como da primeira vez", porque ele ouviu pelas crianças que eu estava lutando com a ideia de trazer tudo isso à tona novamente. Eu não acho que ele foi retratado gentilmente. Só sei que me recuso a assistir — disse.
Além de seu livro de memórias, Pamela também conta sua história através de uma documentário da Netflix. A produção estreia nesta terça-feira (31).