Mia Mamede, 27 anos, representante brasileira no Miss Universo, embarcou na segunda-feira (2) para a cidade de Nova Orleans, nos Estados Unidos, sede da cerimônia no próximo dia 14.
Acompanhada de fãs no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, a Miss Brasil recebeu homenagens ao som da bateria de uma escola de samba paulista, sambou e fez questão de posar para muitas fotos com a bandeira do Brasil nos ombros antes de embarcar.
Mia é considerada favorita ao título por alguns especialistas. No período pré-concurso, ela se reúne com as demais candidatas do mundo inteiro para encarar os diversos compromissos da competição.
Se vencer o concurso, Mia será a terceira brasileira coroada como a mais bela mulher do planeta, 55 anos após o último título conquistado pelo Brasil.
Na história da disputa, as brasileiras que venceram o Miss Universo foram a gaúcha Ieda Maria Vargas, em 1963, e a baiana Martha Vasconcellos, em 1968.
Aos 27 anos, Mia se tornou a primeira capixaba a vencer o mais tradicional concurso de beleza brasileiro. É formada em Sócio Economia e Jornalismo pela NY University e já visitou 39 países. Ela fala cinco idiomas: inglês, português, espanhol, francês e mandarim. Também já morou em diversos lugares como Bahrein, no Golfo Pérsico; Xangai, na China; em Dubai, no Emirados Árabe; em Nova Iorque, nos Estados Unidos; além de intercâmbios em Paris, França, e Barcelona, Espanha.
Em entrevista à revista Quem divulgada nesta segunda-feira (2), a Miss Brasil falou sobre a expectativa e os novos tempos do concurso que, a partir do ano que vem, passará a ampliar as possibilidades para participantes casadas e mães:
— Estou extremamente feliz e muito, muito grata. Estou tentando focar muito nessa gratidão porque é uma oportunidade única. Foram somente 68 mulheres nos últimos 70 anos que tiveram a oportunidade de pisar neste palco do Miss Universo com o Brasil no peito, então é uma honra. (...) estarei contando ela para meus netos daqui a 50 anos.
— (Sobre as mudanças no concurso, que foi comprado pela empresária tailandesa Anne Jakrajutatip) Achei fantástico a compra da Anne, ela é uma mulher exemplar em muitos aspectos. Achei fenomenal que finalmente um concurso para mulheres tem uma mulher como dona depois de 70 anos (de existência da competição). Não vejo o concurso buscando o que buscavam na década de 1950, que era uma Miss, ‘miss’ significando uma mulher solteira, muitas vezes quase dando entonação de uma virgem, buscando a mulher mais bonita, solteira, jovem. Hoje estão buscando uma líder, uma mulher que cause transformações no mundo. E para você ser uma líder, criar transformações, dar a sua opinião, deixar um impacto positivo, um legado que inspira, não importa se você tem um filho, não importa se você foi casada. Não acho que ser solteira é o que vai te fazer uma líder forte, mas sim o seu background, seu currículo. É você buscar profundidade em tudo que faz e principalmente dentro de si, para você ter a clareza do seu propósito.
Ela também falou sobre os destaques de sua carreira e os maiores desafios enfrentados até às vésperas do concurso:
— Meu ponto mais forte é o meu currículo, as experiências culturais que eu tive crescendo, as experiências de estudo que eu tive, e depois as minhas experiências profissionais. Acredito que esse seja a minha maior fortaleza, o meu diferencial.
— Mais do que difícil, queria falar do que está sendo divertido, que é cuidar do meu corpo dessa nova forma, trazer essas curvas. Eu tinha o hábito de ser corredora, fazia muita maratona, e isso acabava trazendo um pouco mais de flacidez para o meu corpo, então eu digo que é difícil porque eu tive que mudar muito a minha rotina. Eu tinha uma certa alimentação e agora estou tendo que comer proteína como eu nunca comi na minha vida.
Questionada sobre um possível favoritismo indicado nos rankings de especialistas em concursos, ela garantiu que não se sente pressionada por isso:
— Eu sinto é gratidão pelo apoio, porque acredito muito na energia que a gente joga para o mundo.