Aos 76 anos, a canoense Ieda Wobeto segue em busca de novos desafios. Após conquistar o terceiro lugar no Big Brother Brasil em 2017, agora ela representará o Rio Grande do Sul no concurso Miss Brasil Plus Size pela categoria "Lady", na qual participam mulheres com mais de 39 anos e com manequim acima de 42. O evento será realizado em Maceió entre os dias 12 e 16 de setembro.
Ela explica que não é de hoje que recebe o convite do concurso - como não existe Miss Brasil Plus Size aqui no Estado, a organização fica responsável por pesquisar e entrar em contato com possíveis candidatas da região. A decisão de aceitar a proposta neste momento aconteceu porque Ieda queria dar uma "virada" em sua vida, explica.
— Gosto de estar envolvida com novos desafios. Participar de algo junto com tantas outras mulheres empoderadas, que lutam por algo... Vem para agregar em minha história de vida — afirma.
Ex-Miss Canoas, conta ainda que a vontade de voltar a modelar voltou com mais força após a participação no BBB.
— Eu não me limito. Buscamos preencher aquilo que começa a ficar vazio. E aí a gente precisa sonhar e acreditar que a gente pode.
Em relação às expectativas, garante que não está tão preocupada assim com o resultado final. Para ela, a emoção de se preparar para o concurso e a possibilidade de ganhar o título são suficientes para que sua cabeça fique "cheia de sonhos".
— Se eu não tivesse isso na minha vida, estaria fazendo o quê? Já tenho 76 anos. Normalmente, as pessoas com essa idade procuram se acomodar um pouco mais. Eu não. Sempre busco alguma coisa para me manter ocupada, me manter viva, sempre seguindo em frente, me preenchendo com algo bom. Ganhar ou não não tem muita importância. O importante é que estarei levando o nome do Rio Grande do Sul em outro estado em um concurso muito bacana, com mulheres que trazem causas que acreditam, que já sofreram preconceitos. Eu sofri muito preconceito com a minha idade, o chamado ageísmo. "Ah você já tem tantos anos, o que você quer?". Eu quero viver! — enfatiza.
Entre escolher o vestido de gala, o traje típico e se preparar para responder à temida pergunta dos jurados, a empresária fica mais nervosa ao pensar em ir para um estado onde não conhece ninguém.
— Isso, para mim, já é um pouquinho tenso. Como eu já participei do concurso de Miss Canoas, sei mais ou menos como acontece. Tem aquela coisa de vestido, preciso ter um de gala, um traje típico.É um concurso como qualquer outro. Com comissão, pergunta tradicional, que deixa todo mundo nervoso (risos). A gente vai na coragem mesmo. Temos ser que nós mesmas — conclui.
*Produção: Luísa Tessuto