Pressão estética foi um dos assuntos abordados por Deborah Secco, 42 anos, em entrevista à colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo, publicada nesta sexta-feira (8). A atriz contou que, com o passar da idade, passou a se olhar com mais empatia.
— Isso foi colocado em mim a vida inteira por conta da profissão. E agora vem para todo mundo, porque todos viraram pessoas públicas, com seus próprios canais. Mas, depois que vamos ficando velhas, entendemos o que de fato importa. Já entendi que não sou perfeita. Acho que é sobre apontar menos e se olhar com mais empatia. E falar de imperfeição libera as pessoas dessa busca constante — opinou ela.
Apesar de admitir não ter a melhor autoestima, Deborah diz lidar melhor com a própria imperfeição hoje em dia.
Eu não acho que estou na melhor forma que tive na vida. Super tenho questões. Mas sou o melhor que consigo ser hoje
DEBORAH SECCO
— Eu não acho que estou na melhor forma que tive na vida. Super tenho questões. Mas sou o melhor que consigo ser hoje. Agora lido melhor com minha imperfeição. Claro que, quando postou, procuro um ângulo melhor, posiciono a câmera em cima e coloco um filtro na cara amassada. Mas está tudo bem ser flagrada ou não no melhor ângulo ou ver uma foto que não me favorece. Isso tem importância nula para mim. Antes, quando era mais jovem, tinha muita preocupação em aparecer perfeita o tempo inteiro, não só no âmbito físico. Jamais daria entrevistas como as que estou dando ultimamente. Talvez mentiria. Hoje não quero ser hipócrita. Meus erros não me definem. Estou mais livre das amarras da perfeição. Ir à praia não me incomoda mais. Se sair foto toda cagada, tudo bem. Estou sem malhar há um tempo, com bunda mole e barriga flácida. Não tenho mais essa vaidade — relatou.
Na conversa, a atriz ainda relembrou que, há cerca de três anos, realizou um procedimento estético do qual se arrependeu.
— Eu fiz algumas coisas quando era jovem. Até que realizei um procedimento há uns anos que deu muito errado. Sofri muito. Fiz preenchimento de olheira e maxilar. Ficou um horror, desfiz no mesmo dia. Quando cheguei em casa, o Hugo (Moura, com quem é casada desde 2015) falou: "Isso é muito preocupante. Você não gosta de quem você é". Desde então, parei de fazer tudo. Porque fiquei "um alien". Isso tem uns três anos. Me tocou o que ele falou. Ele me lembrou: "Você vai cair de novo naquele erro de buscar a perfeição inatingível?" — contou.
Agora, pensa em reverter outra intervenção:
— Queria agora talvez tirar o peito. Não sou contra quem faz, só que tem quer ter muito sentido. Não pode ser banal. Se um nariz de fato incomoda, então, vai lá. Para mim, hoje não faz sentido — refletiu.