A família real da Dinamarca anunciou no domingo (26), via redes sociais, que o príncipe Christian, 16 anos, deixará a escola de elite em que estuda devido a casos de bullying, violência física e assédio sexual ocorridos na instituição.
No comunicado, os membros da realeza lamentaram as denúncias contra a Herlufsholm Boarding School e confirmaram que o príncipe deixará a instituição. Os familiares de Christian não revelaram qual será o seu novo local de estudos.
"Grandes decisões devem ser tomadas a partir de informações sólidas. Nós agora temos esse suporte. Tem sido difícil para a nossa família, mas dado o quadro maior e a nossa posição como casal real, optamos por tirar o príncipe Christian da Herlufsholm", diz trecho de texto assinado pelos pais, Frederik e Mary.
A publicação também relata que a família real pretendia matricular Isabella, 15 anos, irmã mais nova de Christian, na escola, no próximo ano letivo, porém, devido às denúncias contra a instituição, desistiram. "As escolas dos nossos filhos Christian e Isabella são temas muito caros para nós, mas questões lamentáveis vieram a público e chamaram a nossa atenção", informaram os pais dos jovens.
A princesa Mary e o príncipe Frederik comunicaram que Isabella não iniciará o nono ano escolar após as próximas férias. Segundo a família, será necessária uma conversa com ela e com o irmão para que decidam juntos a próxima instituição escolar em que estudarão. "Durante o verão, nós, juntos com os nossos filhos, vamos decidir sobre suas futuras possíveis escolas" , justificaram.
O casal real encerra o texto desejando que o caso seja apurado e que a escola passe por mudanças que garantam o bem-estar dos alunos. "Tendo em vista os muitos estudantes que seguirão na Herlufsholm, temos a esperança que a escola consiga a paz necessária para conseguir as mudanças que precisam para implementar uma cultura de segurança", disse o comunicado.
A escola de elite
As denúncias contra a Herlufsholm Boarding School surgiram após a exibição de um documentário transmitido por uma emissora de televisão dinamarquesa. O conteúdo traz à tona casos de prática de abusos, assédio e punições corporais ocorridos na instituição.
De acordo com o documentário, quatro estudantes que praticaram um desses crimes ainda teriam filmado as ações. Como punição, a escola optou pela expulsão deles.
A instituição tem mais de 500 anos de existência. O príncipe Charles ingressou no local em agosto de 2021 e não teve participação em nenhum dos crimes.
Com a repercussão negativa após a exibição do documentário, o então diretor da escola foi demitido. Em sua defesa, ele alegou que os ocorridos expostos eram antigos e que ocorreram durante outra gestão.