Em entrevista ao jornal O Globo, publicada nesta terça-feira (10), a atriz Marina Ruy Barbosa, 26 anos, falou sobre um assunto delicado: seu posicionamento político. Ela, que não costuma se pronunciar sobre assuntos polêmicos nas redes sociais, respondeu se "conseguiria ser politicamente incorreta" para a reportagem.
— Queria muito ligar o f*da-se, ser p*rra-louca. Mas, infelizmente, sofro com esse jeito de ser. Minha vontade era ser menos caxias. Comecei a trabalhar muito nova e logo vieram as responsabilidades. Tenho algo que considero uma qualidade: dou valor para aquilo que me é dado. Se estou fazendo um trabalho e me pedirem para colocar o copo na posição X, é ali que a peça estará. E da melhor forma possível. Sei que sou exigente comigo mesma. Às vezes, me pego pensando: “Está tudo bem, Marina! Você tem 26 anos, acalma seu coração" — disse ela.
Na conversa, ela também discorreu sobre posturas isentas no meio artístico.
— Sei que, de alguma forma, me enxergam nesse lugar de isenta. Hoje, no entanto, tenho um olhar muito para mim, não no sentido egoísta. Mas é uma busca de autoconhecimento. Coisa em que a terapia tem me ajudado. Entendi que tenho um limite para suportar ataques nas redes sociais. Acho cruel compararem o limite de uma pessoa com o de outra. Uns podem achar que quem não xinga ou não se manifesta é covarde. Não é medo de perder seguidores ou trabalho. O medo até existe, mas é um medo em relação à minha saúde mental. Não há mais espaço para errar. Um deslize e você recebe uma série de julgamento — refletiu.
Sobre rivalidade feminina, a artista mencionou sua relação com a atriz Bruna Marquezine e afirmou que é preciso acabar com essa mentalidade.
— A gente vive numa sociedade machista e vejo muitas comparações, e sempre entre mulheres. Crescemos ouvindo que Xuxa e Angélica eram rivais. Precisamos mudar essa história. Bruna (Marquezine) e eu passamos por isso o tempo inteiro. Somos da mesma geração, começamos na TV mais ou menos juntas... Essa "rivalidade" dá retorno, audiência em sites. E isso é tóxico para todos os lados envolvidos.
Por fim, relembrou o divórcio do piloto Alexandre Negrão em janeiro do ano passado.
— É frustrante, mas, ao mesmo tempo, tento não alimentar esse sentimento. Sou canceriana, sensível demais e, se penso muito nesse assunto, fico mal. Quero tanto ter minha família, meus filhos... Às vezes, me pergunto: "Em que momento isso vai acontecer?" Já fui para a terapia, voltei. São fases — desabafou.