Nesta quarta-feira (25), a modelo Kate Moss, 48 anos, testemunhou a favor do ator Johnny Depp, 58, no tribunal em que o artista e a ex-esposa Amber Heard, 36, se acusam de violência doméstica nos Estados Unidos. Ela apareceu por videoconferência ao vivo de Gloucestershire, na Inglaterra, e contou sua versão dos fatos.
— Johnny nunca me empurrou, me chutou ou me jogou escada abaixo — disse Kate, negando a alegação de Amber de que o artista a teria empurrado escada abaixo em uma viagem à Jamaica.
Kate namorou Depp de 1994 a 1998 e foi chamada para depor após Amber afirmar no julgamento que temia que o artista empurrasse sua irmã escada abaixo durante uma discussão violenta porque ele supostamente teria feito o mesmo com a ex-namorada.
— Na minha cabeça eu instantaneamente me lembrei de Kate Moss e das escadas — comparou Amber na ocasião.
Questionada pelo advogado de Depp, Benjamin Chew, Kate afirmou:
— Nós estávamos saindo do quarto e Johnny saiu antes de mim. Estava tendo uma tempestade (de chuva). E enquanto eu saía do quarto, escorreguei nos degraus e machuquei as minhas costas — relatou. — Eu gritei porque não sabia o que tinha acontecido, eu estava com dor. Ele voltou e me carregou para o quarto e me garantiu atenção médica.
Relembre as acusações
Em 2016, quando Depp e Amber se separaram, ela pediu uma ordem de restrição contra o ex-marido, alegando que ele a agredia devido ao uso exagerado de álcool e drogas. Em dezembro de 2018, a atriz escreveu um artigo de opinião no jornal The Washington Post em que afirmava ser uma sobrevivente de violência doméstica de uma figura pública, sem citar o nome do ator. Por conta disso, Depp afirma que foi difamado e processa Amber em US$ 50 milhões (cerca de R$ 233 milhões) por difamação. Ela, por sua vez, rebate e pede US$ 100 milhões (cerca de R$ 502 milhões).
Em 2020, em Londres, o ator também processou a editora do jornal The Sun por um artigo que o apresentava como um marido violento. Depp admite ter abusado de drogas e álcool, mas insiste que nunca bateu em uma mulher. A justiça britânica decidiu a favor do The Sun, considerando que "a grande maioria dos supostos ataques foi comprovada".
O julgamento por difamação foi iniciado no dia 11 de abril e está em sua última semana. O ator deve depor novamente como uma das três testemunhas chamadas pela equipe jurídica da atriz. As alegações finais estão previstas para sexta-feira (27).