Um advogado do príncipe Harry afirmou, nesta sexta-feira (18), em Londres que, apesar de viver nos Estados Unidos, o neto da rainha vai "sempre" considerar o Reino Unido como "sua casa". Ele fez a alegação no âmbito de um procedimento judicial para que o príncipe obtenha proteção policial. Não sendo mais membros ativos da família real britânica, Harry e sua esposa Meghan perderam a proteção policial concedida às custas dos contribuintes do Reino Unido.
Para mantê-la, o neto de Elizabeth II se ofereceu para pagar do próprio bolso, o que foi negado pelo Ministério do Interior, decisão que ele agora contesta na Justiça. O casal, que deixou o país em 2020 e se estabeleceu na Califórnia, onde Meghan nasceu e foi criada, tem proteção privada nos Estados Unidos. Harry argumenta, porém, que eles não podem acessar as informações de que precisam para manter a família segura quando estão em solo britânico.
"O demandante não se sente seguro quando está no Reino Unido", argumentou seu advogado, Shaheed Fatima, em uma audiência em Londres. "Não é preciso dizer que ele quer voltar para ver sua família e amigos e continuar apoiando as instituições de caridade, às quais ele está tão ligado", reforçou ele, "mas o mais importante" é que o Reino Unido "é e sempre será sua casa".
No verão passado, o carro de Harry foi perseguido pelos paparazzi depois de deixar um evento de caridade. No dia seguinte, ele e seu irmão mais velho, William, inauguraram uma estátua de sua mãe, Diana. Ela faleceu em um acidente de carro, em 1997, em Paris, após ser perseguida por fotógrafos.
Harry apresentou a ação em setembro, mas, no momento, a Justiça ainda estuda se aceita abrir um procedimento sobre a questão.