A catarinense Maria Lina Deggan abriu o jogo pela primeira vez, em entrevista à revista Marie Claire, sobre todas as reviravoltas que viveu no último ano (ela se mudou para São Paulo, noivou com um dos humoristas mais conhecidos do Brasil, engravidou, viveu a dor da perda do filho e ainda encarou uma separação pouco tempo depois ).
Em trecho da conversa publicado nesta quarta-feira (3), a jovem de 23 anos conta como foi a experiência de lidar com o luto da morte do filho e, logo depois, aceitar o término do relacionamento com Whindersson Nunes - que, conta ela, não foi uma escolha sua.
A perda do filho
Maria tem uma condição chamada trombofilia, que pode causar abortos e parto prematuro, mas só foi descobrir após dar à luz João Miguel, que morreu 3o horas depois de nascer com 22 semanas de gestação em junho deste ano.
— Acordei sentindo dores, mas fui tomar café da manhã na padaria. Quando voltei, estava com sangramento. Nessa hora o coração de mãe já sabe que tem algo errado. Saí do banheiro gritando, chamando o Whindersson, "sobe aqui, sobe aqui". Todo mundo me dizia que nada ia acontecer, iria ficar tudo bem, mas sentia no coração que algo errado estava acontecendo — relatou ela. — No hospital, fizeram o toque e, quando a médica não disse nada, vi que era grave. Perguntei o que estava acontecendo, ela suspirou e disse "Maria, você está em trabalho de parto, está com dilatação".
Mesmo tentando inibir as contrações, Maria entrou em trabalho de parto às 10h e, às 18h21, João Miguel nasceu.
— Uma coisa que acalma o coração é saber que tive a oportunidade de ver meu filho nascer, de pegá-lo no colo, de ficar 30 horas de vida com ele. Consegui me despedir dele, eu e o Whindersson (pausa). Quantas mães sonham com esse momento? Quantas perdem antes disso e ficam imaginando como seria o rostinho, o pezinho, a mãozinha? Tive o privilégio de dar adeus a ele, de vê-lo respirar, sentir o calor de sua pele — contou ela, emocionada.
— Fui para o hospital grávida e voltei com o colo e a barriga vazias. Não existe dor maior do que essa para uma mulher. Apesar disso, meu parto foi um momento mágico, único. Tive um parto normal lindo, João nasceu dentro da bolsa amniótica. Tenho uma certeza nessa vida: quero viver isso mais vezes, porque renasci ali, foi uma transformação.
No fim, o casal pegou o bebê no colo para se despedir.
— Whindersson colocou para tocar a música que fez para ele, e foi a última coisa que João ouviu antes de partir — relatou ela.
A separação
Em meio à dor da perda, Maria ainda precisou lidar com o término de seu relacionamento.
— Um pouco depois, Whindersson e eu nos separamos. Não foi uma escolha minha. Por mim isso não teria acontecido — afirmou. — Foram meses de muito sofrimento, né? Primeiro perdi meu filho, e depois a pessoa que estava do meu lado, o pai do João Miguel, que escolheu sair da minha vida. Foi difícil para mim como mulher. Ainda está sendo, mas estou aprendendo a me reerguer. Minha única escolha nesse momento é ser forte, não tenho outra opção.
Apesar de não ter sido uma escolha sua, Maria diz que mantém um bom relacionamento com o ex.
— O Whindersson e eu temos uma boa relação, até porque temos uma ligação para a vida toda, que é nosso filho. Tenho muito respeito e carinho por ele, foi uma pessoa bem importante, esteve comigo no melhor e no pior momento de minha vida. É um cara merecedor de onde está e do que conquistou. Eu o admiro de verdade, existe um respeito mútuo entre nós dois — explicou.