A modelo Mariana Goldfarb relatou um episódio difícil durante uma participação em live da revista Marie Claire nesta quarta-feira (29). Há três anos, enquanto provava roupas em uma loja, o vendedor do estabelecimento entrou no provador em que ela estava.
— Isso foi forte. Na hora fiquei em choque, eu não sabia o que fazer. Não fomos ensinadas a lidar com assédio. Quando a gente começa a se conhecer, entende o que é invasão — contou ela.
Mariana, que iniciou a carreira de modelo com apenas 17 anos, disse que já viveu experiências semelhantes anteriormente, mas que "não tinha voz" para se manifestar.
— O máximo que eu fazia era ir embora. Eu não tinha a voz para me manifestar, mas tinha a intuição de meter o pé, mesmo que eu perdesse o trabalho. Eu ligava para minha mãe ou para o meu pai. Eles sempre foram muito atentos quanto a isso — afirmou.
Sobre o mundo da moda, a modelo discorreu sobre a pressão que sentia para ser perfeita e como isso impactou sua saúde.
— Uma coisa que não era legal é que nesse meio as pessoas meio que te tratam como um cabide e falam coisas horrorosas na sua cara. Você é uma criança, não tem a maturidade de ouvir aquilo e se dissociar daquilo. A cabeça fica muito ruim. Eu nunca estava bem o suficiente: nunca era magra, alta ou bonita o suficiente para eles. Cresci com isso, mas nunca deixei de trabalhar. A anorexia veio de anos de porrada — relatou.
Por fim, Mariana relembrou a ajuda do marido, o ator Cauã Reymond, na época em que lutou contra anorexia.
— Cauã me ajuda bastante, eu tive anorexia há dois anos. Até hoje faço terapia para não me perder nessa coisa da comida. As pessoas colocam muita pressão em você sobre a coisa da perfeição, do que é ideal e de tanto você ouvir acaba entrando. Tem que policiar — refletiu.