A cantora Madonna revelou em uma entrevista ao jornal americano The New York Times, publicada nesta quinta-feira (6), que também sofreu assédio do produtor Harvey Weinstein, com quem trabalhou na distribuição de seu documentário Truth or Dare nos anos 1990. Desde 2017, Weinstein é acusado por várias mulheres, e foi expulso da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas em 2017. Ele nega as acusações.
Madonna disse que Weinstein "passou dos limites" quando eles trabalharam juntos.
– Flertou comigo e fez propostas sexuais. Ele era casado na época e eu certamente não estava interessada – disse Madonna.
A artista afirmou ainda que estava ciente de que ele agiu de forma semelhante com suas colegas.
– Sabia que Harvey fazia o mesmo com outras mulheres na indústria. Todo mundo dizia: "Harvey pode fazer isso porque ele tem poder e sucesso, os filmes dele vão bem e todos querem trabalhar com ele" – completou a cantora.
Quando soube das denúncias feitas contra Weinstein a cantora disse que não comemorou, porque significa que algo ruim acontecia com as vítimas, mas que achou "bom que alguém que estava abusando de seu poder por tantos anos finalmente foi denunciado e teve que responder por isso".
Na entrevista, Madonna também negou novamente de que Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos, a teria convidado para um encontro nos anos 1990. O boato foi espalhado pelo próprio Trump.
– Filmamos um comercial da Versace em uma casa dele. Ele ligava o tempo todo e dizia: "Está tudo bem? Tudo confortável? Você está feliz?". Trump e Weinstein tentavam compensar a insegurança que sentiam. Um homem que se sente seguro, alguém que se sente seguro de si, não sai por aí fazendo bullying com as pessoas.