Lady Gaga é a capa de outubro da edição norte-americana da Revista Vogue. Em uma entrevista franca, a cantora falou sobre os 10 anos de carreira, a fibromialgia, doença crônica que causa dores no corpo e a fez cancelar a participação no Rock in Rio do ano passado, o movimento #MeToo e os traumas que carrega por ter sido vítima de estupro aos 19 anos.
A artista já havia falado sobre o caso. Gaga ainda era Stefani Germanotta quando foi estuprada por um produtor musical. Ela não disse a ninguém.
– Demorou anos. Foi quase como se eu tentasse apagar do meu cérebro. E quando finalmente saiu, era como um monstro grande e feio. E você tem que enfrentar o monstro para curar – afirmou.
A canção Til it Happens to You, que Gaga escreveu com Diane Warren para o documentário sobre abuso sexual The Hunting Ground, foi indicada ao Oscar. Na premiação de 2016, ela subiu ao palco para cantá-la, com outras vítimas. Um ano depois, surgiu o movimento #MeToo, para surpresa de Gaga.
– Mas eu ainda estou descrente. Eu nunca me apresentei e disse quem me molestou, mas acho que cada pessoa tem seu próprio jeito de lidar com esse tipo de trauma.
Gaga ainda revelou que desenvolveu transtorno do estresse pós-traumático (TEPT) por causa do episódio.
– Para mim, com meus problemas de saúde mental, metade da batalha no começo era que eu sentia que estava mentindo para o mundo, porque estava sentindo muita dor, mas ninguém sabia. Então é por isso que eu saí e disse que eu tenho TEPT, porque eu não quero me esconder, mais do que eu já precisei.
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