Sabe aquelas manchinhas escuras que aparecem no rosto? Você pode não saber o nome, mas, com certeza, já se deparou com alguém com melasma. Ainda que aparente ser inofensiva e indolor, a condição é uma doença dermatológica que pode impactar a autoestima da mulher, se não bem tratada e controlada desde os primeiros sinais.
— O melasma se manifesta por manchas acastanhadas na pele que resultam da hiperatividade dos melanócitos, que são as nossas células responsáveis pela produção de melanina, que é o pigmento que dá cor à nossa pele — explica a médica dermatologista Juliana Fonte.
Há inúmeros fatores envolvidos na causa do melasma, entre eles, a exposição excessiva ao sol. E por mais que seja impossível fugir dos raios solares ao longo do verão, em razão do uso frequente de roupas mais abertas e curtas para se refrescar do calor, a melhor forma de se prevenir durante a estação é fazendo do filtro solar o seu melhor amigo.
— Para o rosto, dê preferência aos filtros solares com cor porque protegem mais. Além disso, redobre a atenção com o produto, não deixando de reaplicar ao longo do dia e sem esquecer de proteger o resto do corpo também. Podemos lançar mão dos chapéus e viseiras como proteção extra — detalha Juliana.
E aquele bronze?
Para aquelas que não desperdiçam os dias ensolarados, seja na praia, na piscina ou até mesmo no pátio de casa, para atingir o dourado desejado no corpo, a notícia pode não ser tão animadora: infelizmente não tem como se bronzear ao sol sem correr o risco de agravar o melasma.
Segundo a dermatologista, no momento do bronzeamento é ativada a produção de melanina pelos melanócitos que, como já mencionado, são os responsáveis pelo surgimento das manchinhas na pele.
— A saída para quem quer ficar bronzeado sem correr o risco de piorar o melasma é usar os autobronzeadores — indica Juliana.
Os tipos e as causas
De acordo com a médica, existem três classificações de melasma:
- Epidérmico - quando há depósito aumentado de pigmento através da epiderme, que é a camada mais superficial da pele
- Dérmico - o acúmulo de melanina ao redor dos vasos superficiais e profundos
- Misto - quando se tem excesso de pigmento na epiderme em certas áreas e na derme em outras regiões
Além da exposição solar, a médica detalha que gestação, terapias hormonais, influências genéticas, cosméticos, endocrinopatias, fatores emocionais, medicações fototóxicas e anticonvulsivantes também podem ser fatores causadores para o melasma.
Como tratar
Mas nem tudo está perdido. De acordo com a médica, existem diversos tipos de tratamento para o melasma. Inclusive, sendo possível intercalar os tratamentos caseiros — como antioxidantes tópicos e orais, cremes clareadores, e claro, o filtro solar — com os procedimentos realizados diretamente com profissionais em consultórios — como peeling, microagulhamento e laser.
— Pacientes que irão para praia ou terão exposição solar mais intensa, oriento suspender os cremes clareadores mais potentes e procedimentos médicos para clareamento. Já aqueles que não ficaram muito expostos durante o verão, podem manter os tratamentos habituais — destaca.
Em geral, pacientes que seguem o tratamento escolhido à risca já conseguem ver algum resultado em cerca de 30 dias. Contudo, a dermatologista salienta que o melasma é uma dermatose — conjunto de doenças de pele — que deve permanecer em constante tratamento. Em especial, durante o verão.
— Mantenha os cuidados diários de skincare com os antioxidantes, filtro solar e cremes clareadores. E nunca esqueça da fotoproteção corporal — conclui.