O inverno ainda nem começou, mas as temperaturas baixas já trazem as belezas e delícias da estação que se aproxima. O frio dá fome, isso é fato. Vários sabores que ficam esquecidos ao longo do ano afloram nesta época.
O pinhão é um queridinho que chega com tudo. Os vendedores que assam o pinhão na beira da estrada anunciam a temporada dele. Cozido ou na chapa, oferece um ritual de descascar e comer que vale a dedicação. É motivo de sobra para acender o fogão a lenha.
A sopa de agnolini é algo para se comer o ano inteiro, é verdade. Mas com o frio, ela fica ainda mais especial. O mesmo dá para dizer do delicioso minestrone. Só de ver aquela fumacinha saindo do prato já aparece o desejo de pegar uma coberta, escolher um filme e mandar ver nas colheradas. Nem preciso dizer que mergulhar o pão no caldo é básico, não é?
O frio valoriza os pratos mais encorpados como massas com molhos com queijo, ensopados, polenta mole e carne de panela. Acompanhar o preparo de tais pratos é um prazer a cada borbulha. E queimar o céu da boca é uma tradição da minha parte.
Outro campeão de audiência no frio é o chocolate quente. Se colocar um chantilly em cima, então, faz a minha diversão por horas a fio. O calor que propaga da caneca ainda ajuda a aquecer as mãos e a alma. É poesia pura. E seguindo na linha de orgias doces, vale citar o encantador fondue de chocolate e o brigadeiro quente comido de colher.
Não dá para esquecer dos vinhos tintos e cervejas escuras. Costumo dizer que harmonizam bem com cerração e lareira. As adegas têm alta rotatividade nesse período e as garrafas degustadas ajudam a deixar todas as refeições ainda mais inspiradoras e divertidas. E logo chegará junho com suas festividades e o reconfortante quentão.
Considero o inverno a época do exagero. É o momento do ano que sempre cabe um pouco mais e em que uma boa sesta depois do almoço cai bem demais. Que venha um final de semana preguiçoso com comidas deliciosas.
* Conteúdo produzido por Diego Fabris