Quando falam em vodka, vêm as lembranças do Carnaval, da mistura com suco e energético ou daqueles drinks para abrir os trabalhos de uma noite. Acabamos quase sempre relacionando o destilado ao preparo de um coquetel. No entanto, como grande parte das bebidas, a origem da vodka está ligada aos anestésicos – sim, ela foi feita para ser consumida pura.
Leia também:
Mitos sobre a cerveja
A importância das mulheres na história do vinho
Mas, ela nada mais é do que um destilado de cereais, que pode ser batata, centeio, trigo, entre outros. Inicialmente, é feita a fermentação desses insumos para depois destilar. O processo visa tirar todo e qualquer resíduo de aroma e sabor, passando, inclusive, por uma filtração para auxiliar na qualidade do produto final. Grandes marcas trabalham com vodka bi, tri ou até tetra destilada, buscando a pureza insípida e inodora, a famosa neutralidade.
Muito tradicional nos países do leste europeu, a “aguinha” (tradução de vodka) já teve seu ápice de consumo, quando apresentava percentual alcoólico superior a 50%. Hoje em dia, a diluição do destilado fica na média dos 40% de álcool.
As vodkas elaboradas a partir da batata, como a polonesa Chopin, geralmente, são mais cremosas no paladar. Já a sueca Absolut e a russa Stolichnaya são elaboradas a partir do trigo e tendem a ser mais leves e fáceis de beber. A polonesa Belvedere, destilada do centeio, é a mais potente no paladar.
A bebida é extremamente versátil e casa bem com drinks doces e amargos. Aqui no Brasil, também é uma boa substituta da cachaça em alguns momentos, como no caso da caipirinha. Também tem a versão de mojito que, no lugar do rum, adiciona uma dose de vodka.
A verdade é que o destilado se tornou indispensável na hora de montar um bar em casa ou de curtir uma noite com os amigos.
*Natália Frighetto é a enóloga e sommelière da Casa Destemperados
Se você tem qualquer dúvida ou sugestão sobre bebidas, manda um e-mail que a Nat te ajuda: natalia.frighetto@zerohora.com.br