Aprendendo sobre mixologia no Meza e no Forneria

Por Guta Nobrega

“O seu drink será tão bom quanto o pior ingrediente que você usar nele”, a frase dita pelo Paulo Freitas, embaixador das marcas Diageo, resume uma noite a qual eu, humildemente, digo que aprendi bastante sobre mixologia. O local escolhido foi o Meza Bar, lugar conhecido pela bem elaborada carta de drinks, e teve inicio com um conceito de aula teórica e prática que não poderia ser mais bacana. Começamos ouvindo um pouco a respeito do projeto Cocktail Journey, da composição da Vodka Ketel One e do Gin Tanqueray, ambos extremamente aromáticos e, em minha opinião, saborosos, em especial o Gin que entrou definitivamente para a minha lista de bebidas favoritas. Falamos do conceito dos Spritzers – outra bebida que eu gosto MUITO – e finalmente chegamos à receita base para um bom drink que precisa basicamente de três coisas: um elemento forte, no caso o destilado, um elemento cítrico e um elemento doce. Já para o Spritz são necessárias também as famosas borbulhas, pois a sua essência pede que a bebida seja gaseificada. O resultado dessa explicação demonstrativa foi o meu primeiro drink da noite, que levou Gin, limão siciliano, suco de grape fruit, xarope de amora e água com gás, mas não uma água com gás qualquer. Para a minha surpresa existe uma aparato mega tecnológico, capaz de gaseificar a água natural e a dica é: quanto mais gelado o líquido, mais gás ele solta.

Como o Meza é um dos participantes do Cocktail Journey, não poderíamos deixar de experimentar os drinks criados pela Alice, especialmente para a competição. O Melon & Lemon veio servido em um copo de boca larga para que sentíssemos mais o aroma da bebida. Na composição haviam notas cítricas acentuadas para enfatizar o Gin, com suco de limão siciliano, suco de melão, espumante Brut, hortelã e Gin Tanqueray.

O segundo drink criado pela casa foi o Guarapuru, que traz uma proposta bem tropical, usando frutas tipicamente brasileiras e o sistema de gaseificação falado a cima. Acerola e vodka Ketel One estão entre os ingredientes usados. Achei uma delicia! Eles conseguiram balancear bem o doce, com o seco da espumante e o elemento forte da vodka.

Mas o melhor ficou para o final, onde nós tivemos a oportunidade de colocar o nosso aprendizado em prática, criando as nossas próprias versões de spritz. Eu, como não sou muito chegada em bebidas doces, fiz um drink com Gin, tangerina, limão siciliano, tônica, um toque de grape fruit e folhas de tomilho e devo dizer que para uma iniciante eu até que acertei na dose.

De lá seguimos para a Forneria São Sebastião em Ipanema. Eu já conhecia a filial da casa em São Paulo, mas ainda não tinha ido na do Rio e achei super charmosa. Atendimento, ambiente e drinks ótimos. Comecei pelo Rio Summer, que leva chá de hibisco, casca de laranja, vodka Ketel One, suco de limão e água com gás. A combinação culminou em um sabor bem diferente de qualquer bebida que eu já havia experimentado, peculiar mas saboroso.

O Caju Lemon Spritz, de acordo com o nosso simpático garçom, foi inspirado no Ceará e leva Caju, suco de limão, xarope de açúcar, água com gás e Gin Tanqueray. Admito que ao ouvir “xarope de açúcar” eu arrepiei um pouco, mas eu adorei o drink. Doce na medida e o caju fez um ótimo contraponto com o Gin.

Moral da história: tanto o Meza quanto o Forneria estão definitivamente na minha lista de excelência em atendimento e mixologia; o Gin tem sido e acredito que continuará sendo o meu ingrediente favorito em qualquer bebida e, por fim, afirmo que já me sinto praticamente uma mixologista formada (tá essa ultima parte é mentira, mas eu adorei a experiência).