João José*
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Em meio às guerras no Oriente Médio, é certo que os desejos comuns desses povos sejam o querer da paz e um bom vinho! Esta região do Mar Mediterrâneo nos remete aos tempos do período bíblico. No século XX, passou de produtora de vinhos de mesa simples a uma área respeitada na vitivinicultura mundial.
Os israelenses têm nas altitudes de Golan a maioria das vinhas e plantam uvas internacionais como cabernet, chardonnay e sauvignon. Já os milenares libaneses possuem influência da França através dos investidores e também pela similaridade climática do Vale do Bekaa com o sul do Rhône, focando no plantio de merlot, cinsault, cabernet, ugni blanc, syrah, grenache e mourvèdre. São vinhos que casam bem com a saborosa e refrescante cozinha árabe-judaica!
De Batroun no Líbano, o IXSIR Altitudes White (R$ 86) é feito com as castas viognier, sauvignon blanc, semillon e muscat. Apresenta notável floral, limão, toque de ervas e acidez na medida. Encontrado na loja Grand Cru.
Do Vale do Bekaa, o Les Bretèches Château Kefraya (R$ 109) é um vinho tinto leve e envolvente composto por 8 uvas: cinsault, syrah, tempranillo, carignan, cabernet sauvignon, marselan, mourvèdre e cabernet franc. Delicado, mostra frutas escuras, violetas e complexidade. Vendido na loja Zahil.
Das Colinas de Golan em Israel, o Yarden Muscat (R$ 86) é elaborado com a uva muscat de Alexandria. Este vinho de sobremesa expressa aromas de compota, mel, laranja e especiarias. Achado no site da wine.com.br.
*João José é sommelier e colunista da seção de vinhos do Destemperados em Santa Catarina