O futuro da televisão aberta foi pauta na RBS TV nesta terça-feira (19). A diretora de Afiliadas da Globo, Patricia Rego, esteve presente na empresa para participar do painel Potencializando a Experiência de Assistir TV. A apresentação teve como intuito explicar a implantação da TV 3.0 e como ela deve vir como uma atualização no formato atual, entregando mais possibilidades tanto para a empresa e seus anunciantes quanto para os usuários.
Durante duas horas, a diretora explicou o conceito da nova tecnologia, as suas aplicações no dia a dia e, também, respondeu a dúvidas dos colaboradores da afiliada gaúcha. Os funcionários participaram tanto presencialmente, no estúdio H da RBS TV, que fica no Morro Santa Tereza, quanto pela internet, em transmissão interna. A ideia da inovação é que ela entregue mais interatividade e, também, uma segmentação de conteúdo.
— A TV 3.0 é uma evolução da nossa TV aberta, mantendo todo o seu alcance, com a possibilidade de você estar assistindo conteúdo junto com muita gente e o reverberando. Ao mesmo tempo, por meio de login, você vai ter uma TV que dialoga com as suas necessidades, mais personalizada e que gera uma série de oportunidades comerciais de negócios. São muitas possibilidades — conta Patricia.
Entre estas possibilidades, a diretora explicou, por exemplo, a existência do t-commerce, com o qual o usuário pode estar assistindo a um conteúdo e, ao se interessar por um objeto que compõe a cena, poderá o adquirir com apenas alguns cliques no controle remoto. E, nos testes com o público que a Globo está realizando, esta foi a função que mais empolgou os participantes da pesquisa, que reagiram positivamente à ideia de não precisar usar o smartphone para realizar as atividades disponibilizadas na TV.
Além disso, esta nova geração de TV também poderá oferecer uma hipersegmentação de conteúdo e de publicidade, oferecendo, por exemplo, a chance de uma empresa local fazer propaganda apenas para a sua região de atuação. Há ainda a oportunidade de criação de um chat ao vivo para que os usuários comentem sobre os programas, espaço para reações, aba para curiosidades, gamificação relacionada ao conteúdo. Entre os exemplos dados, também, está a chance de votar na tela da TV em quem se quer eliminar no Big Brother Brasil.
A Globo, atualmente, opera na fase 2.5, que entrou em prática em 2020, mesclando o sistema convencional de televisão com a internet, já entregando interatividade, mas em uma escala menor. Esta, então, é uma geração intermediária, que serve como uma espécie de laboratório para a 3.0. Para a ampla implementação, porém, será necessária uma mudança de aparelhos de TV — porém, o processo todo deverá levar cinco anos nas principais capitais do país, incluindo Porto Alegre, e um total de 10 anos no Brasil, sendo o grande alavancador da mudança a Copa do Mundo de 2026.
— A RBS tem um papel fundamental neste processo. Sempre foi uma das principais parceiras da Globo. Ela está sempre à frente, sempre buscando novas oportunidades, novas iniciativas. O gaúcho é um povo guerreiro, criativo e está representado na tela da RBS TV, a qual vemos como fundamental nessa construção futura da TV 3.0 — completa Patricia.
O painel contou ainda com a presença de Rodrigo Lima, gerente sênior de Relacionamento com Afiliadas da Globo, e mediação de Marco Gomes, diretor-executivo de Operações da RBS TV. O CEO do Grupo RBS, Claudio Toigo Filho, fez a abertura do evento e reforçou a importância do avanço desta tecnologia:
— É uma mudança mais impactante do que foi a mudança da TV digital, no comportamento de uso, de como assistir, de como se relacionar com a televisão. E eu digo se relacionar porque a TV, de fato, vai ser muito mais interativa do que é hoje.