Estreia nesta quinta-feira (18), na Globo, a segunda temporada de Linha Direta. Sob o comando de Pedro Bial, o programa busca aprofundar investigações de crimes marcantes do Brasil com episódios que misturam reportagens, entrevistas e simulações de casos com atores e recriação de cenários.
Conforme destaca o material de divulgação da emissora, a primeira temporada da série de true crime, em 2023, ajudou a prender 37 foragidos da Justiça. Diretor artístico da produção, Gian Carlo Bellotti conta que a equipe tem recebido muitas sugestões de casos, além dos já investigados por eles.
— Damos preferência a temas que tenham um impacto social, porque nós não exploramos a violência por si só, é necessário que a história ajude a promover uma reflexão. Quando o caso principal não tem foragidos da polícia, incluímos um segundo caso com foragidos com um crime de mesma natureza — explica Belloti.
Violência contra mulheres e crianças, abuso sexual, vingança, intolerância religiosa e racismo são alguns dos temas abordados pelo programa, exibido às quintas-feiras, após Os Outros. A população pode ajudar a solucionar os casos através dos canais de denúncia, como o telefone 181, de qualquer lugar do Brasil, e o Disque Denúncia local de cada Estado, com informações que levem à localização de foragidos da Justiça, com a garantia do sigilo da identidade.
Pedro Bial destaca que a primeira temporada "foi muito bem-sucedida", quando o desafio era atualizar um formato de sucesso mas que já tinha parado de ser exibido há 15 anos.
— Existe um aprofundamento e uma busca por temas cada vez mais atuais. Teremos mais excelência na linguagem, que já tinha uma proposta bem urdida. Além da modernização, também há o desafio de manter a essência do programa, que é a busca pela justiça, o uso da inteligência para desarmar a violência. Isso permanece e iremos para os casos do Brasil que suscitam reflexão — resume.
O apresentador destaca que Linha Direta conquistou um novo público, sem deixar de renovar o encanto de quem já acompanhava o programa anos atrás:
— Seguimos antenados, o programa tem um compromisso com o público. O espectador é um parceiro nas nossas investigações. (...) Exemplos que a gente não quer seguir é a pura exploração da violência, do terror e o apelo do sensacionalismo. Estamos fora disso e iremos permanecer assim.
Por fim, Bial afirmou que a atração presta um serviço público para além de prender as pessoas foragidas.
— Com as histórias, aprendemos que não se vence a violência usando de ainda mais violência, mas sim com inteligência. Invariavelmente, todos os casos são resolvidos com investigação criteriosa, percebendo as motivações dos criminosos e, uma vez que o crime foi cometido, é importante não cometer outro para desvendá-lo, mas sim, utilizar a lei interpretada pela inteligência humana — conclui.
Linha Direta tem apresentação de Pedro Bial, direção artística de Gian Carlo Bellotti, direção geral de Dudu Levy e Fellipe Awi e direção de gênero de Mariano Boni. A redação final é de Pedro Bial e a produção é de Nathalia Pinha e Anelise Franco.