Relembrando crimes reais que impactaram o noticiário nacional ao longo dos anos, o programa Linha de Direta voltou ao ar em maio, 16 anos depois de ter sido encerrado pela Globo. Com apresentação de Pedro Bial, a nova temporada conta com 10 episódios.
O caso Eloá, que teve um desfecho trágico há 15 anos, foi o primeiro a ser revisitado na nova fase do programa, exibido às quintas-feiras, após Cine Holliúdy. Cada episódio apresenta dois crimes reais, um já solucionado e outro aguardando fechamento.
Após a exibição na TV aberta, os capítulos são disponibilizados no Globoplay e um podcast sobre cada episódio também é liberado. GZH relembra a seguir os casos que foram apresentados em cada edição do programa.
Casos mostrados no Linha Direta
O Caso Eloá (4/5)
Eloá Cristina Pimentel foi morta pelo namorado após cinco dias de cárcere privado no apartamento em que vivia com a família em Santo André (SP). No estúdio, Bial recebeu pessoas que mostraram os erros na condução do caso, inclusive da imprensa.
A Barbárie de Queimadas (11/5)
O crime que marcou a cidade no interior da Paraíba foi rememorado com a presença de uma sobrevivente e da repórter que cobriu o caso, além da análise dos casos de violência sexual. Em 2012, um grupo de 10 homens cometeu estupro coletivo contra cinco mulheres em uma festa de aniversário em Queimadas e matou duas delas depois.
O Caso Henry Borel (18/5)
O menino de quatro anos foi morto em 2021 na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, onde vivia com a mãe, Monique Medeiros, e o padrasto, o ex-vereador Dr. Jairinho. No episódio, Bial conversou com o pai de Henry, Leniel Borel.
Golpe dos Nudes (25/5)
No esquema, criminosos se passavam por mulheres, trocando fotos íntimas com as vítimas, que depois eram ameaçadas e extorquidas. O golpe dos nudes, idealizado por uma quadrilha em cadeias gaúchas, foi descoberto em 2021.
O Serial Killer de Curitiba (1º/6)
José Tiago Correia Soroka cometeu três assassinatos contra homens gays durante a pandemia. Planejando a morte de uma vítima por semana, ele foi capturado após um quarto homem sobreviver. Soroka foi condenado a mais de 104 anos de prisão por latrocínio, roubo agravado, extorsão e homofobia.
A Viúva (8/6)
Heloísa Borba Gonçalves, conhecida como Viúva Negra, está na lista de foragidos da Interpol. O programa mostrou que ela escolhia homens mais velhos e solitários para casar, engravidava deles e, logo depois, eles morriam em circunstâncias misteriosas, de acordo com a Justiça, a mando dela. Foram seis vítimas ao todo.
Os Vizinhos Racistas (15/6)
O programa recordou três casos de racismo cometidos por vizinhos. O primeiro crime ocorreu em 2017, em Belo Horizonte (MG). Após várias ofensas raciais e até perseguição, Antônio Alves de Freitas foi morto a facadas por Joel de Souza Lima.
Já em Mogi das Cruzes (SP), o guarda municipal José Carlos de Oliveira se tornou vizinho de uma família de negros em 2011 e passou a cometer diversos atos racistas, registrados pelas câmeras de segurança da casa da família. Em novembro passado, ele disparou três tiros contra o filho do casal, Pedro, pelas costas. O rapaz sobreviveu e Oliveira foi preso.
O último caso ocorreu em Itupeva (SP) e ainda não foi solucionado. Em janeiro de 2003, o jovem negro Jeferson Leandro Matias Salvador, então com 19 anos, foi queimado vivo pelo próprio cunhado, o serralheiro Emerson Souza Sales. O acusado pelo crime conseguiu fugir e segue foragido até o momento.
Fake News Mata (22/6)
O episódio lembrou de dois casos de linchamentos de pessoas inocentes que foram provocados por notícias falsas. O primeiro foi o de Fabiane Maria de Jesus, apontada como uma sequestradora de crianças que sequer existia após um retrato falado circular em uma página da cidade de Guarujá, litoral sul de São Paulo. Ela foi espancada até a morte em 2014 e, embora os cinco condenados pelo crime sigam presos, os responsáveis pela notícia falsa nunca foram identificados.
A outra história apresentada foi a de Geovane Gregório dos Santos, que teve o mesmo destino de Fabiane após ser acusado de tentar roubar um homem enquanto estava em uma moto. Um dos acusados, Hewerton Petrilli dos Santos, condenado a 10 anos de prisão em 2018, está foragido.
Envenenamento (29/6)
Com dois envenenamentos e três assassinatos, o episódio contou duas histórias de crimes motivados por ciúme. A primeira foi a dos irmãos Fernanda e Bruno, que tiveram a comida envenenada pela madrasta, Cintia Mariano Dias Cabral, no ano passado. Fernanda morreu após ficar 13 dias internada. Bruno, que passou mal após um almoço na casa do pai posteriormente, conseguiu se recuperar. Cintia está presa preventivamente até o julgamento, que ainda não foi marcado.
O segundo caso apresentado no programa é o de Ruan dos Santos Martins, que matou a sogra, o cunhado e um primo de sua então companheira, Amanda de Fátima Oliveira dos Santos. Ele atirou nas três vítimas após uma briga iniciada por uma crise de ciúme no bar da família de Amanda, em 1º de maio deste ano. Martins está foragido.
Chat line (6/7)
O último episódio da temporada mostrou um caso de 2006, ocorrido em São Carlos (SP), que segue impune até hoje. Ricardo Luís Antunes da Silva marcou um encontro com a jovem Anelize Matteoci Loperlogo, 24 anos, meses depois de conhecê-la em uma sala de bate-papo online. O motorista de 32 anos foi sequestrado por três homens e levado para um canavial, onde foi queimado, atropelado e largado com muitos ferimentos. Ele conseguiu caminhar até uma casa e pediu socorro, mas morreu 42 dias depois de ser internado em estado grave.
Durante a investigação, as autoridades descobriram que Anelize e a mãe dela, Maria Elizabeth Matteoci, contrataram os três para matar Silva. Eles foram condenados pelo crime e já cumpriram pena, mas Anelize e Elizabeth seguem foragidas há 17 anos.