O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) afirma que o crime cometido contra Jeff Machado foi premeditado, sendo realizado em um momento em que o produtor de TV Bruno de Souza Rodrigues, 37 anos, e Jeander Vinícius da Silva Braga, 29, se aproveitaram de relação sexual com o ator para matá-lo, conforme consta no pedido de prisão temporária do MP-RJ de quinta-feira (1º).
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Na noite do mesmo dia, a Justiça do Rio de Janeiro decretou a prisão temporária dos dois suspeitos, segundo informaram os advogados da família da vítima, Jairo de Magalhães Pereira e Rodrigo Feital Freire. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) aceitou os pedidos solicitados pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Rio.
Na segunda-feira (29), a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) representou pela prisão dos dois homens. O corpo do ator foi localizado no dia 22 de maio, enterrado em um baú coberto por concreto a dois metros de profundidade, em Campo Grande, na zona oeste da capital fluminense.
Rodrigues e Braga foram indiciados pela Polícia Civil do Rio de Janeiro por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Eles estavam em liberdade e negam o crime — segundo eles, uma terceira pessoa teria matado Machado. A polícia diz que essa outra pessoa não existe.
De acordo com o pedido de prisão assinado pelo promotor de justiça Sauvei Lai, o crime foi premeditado por Bruno, com auxílio de Jeander.
"Os ora indiciados são suspeitos de praticarem os crimes de homicídio e de ocultação de cadáver contra Jefferson, aproveitando-se do momento em que mantinham relação sexual com a vítima para pôr em prática plano criminoso, estrangulando-a e colocando o seu cadáver em um baú, para, posteriormente, ocultá-lo no terreno do imóvel alugado por Bruno, onde o enterraram e concretaram a cerca de dois metros de profundidade", disse o pedido de prisão.
O produtor de TV era considerado pela vítima um de seus melhores amigos e foi quem registrou na polícia, junto com familiares de Machado, o desaparecimento do ator. Mas estava com os cartões bancários e as chaves do carro e da casa do artista — e era em nome dele que estava alugada a casa onde Machado foi enterrado.
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Braga, que segundo a polícia é garoto de programa, era amigo de Rodrigues há muito tempo e há cerca de um ano conheceu Machado. Também conforme a polícia, ele confessou a ocultação de cadáver.
Conforme matéria veiculada no último domingo, 28, pelo programa Fantástico, da Rede Globo, Rodrigues trabalhou na emissora até 2018, quando foi demitido pela empresa. Uma das linhas de investigação aponta que Machado teria sido enganado e dado dinheiro a Rodrigues com a promessa de entrar em uma novela da emissora.
A reportagem não localizou a defesa dos suspeitos para comentários sobre o caso. O espaço permanece aberto para manifestações.