Uma mulher pobre que usa sua beleza para conquistar homens ricos e ascender socialmente: desde que a história em quadrinhos Rubí foi lançada pela primeira vez no México, em 1963, a trama deu origem a um filme e quatro novelas, a mais famosa delas exibida no Brasil em 2005, pelo SBT. Nesta segunda (14), uma nova adaptação chega ao Globoplay, desta vez em formato de minissérie, com 25 episódios.
Concebida pela cartunista Yolanda Vargas Dulché, a trama acompanha as armações de Rubi, uma mulher que deseja melhorar sua situação financeira a qualquer custo. Nesta nova adaptação da Televisa, que foi ao ar pela primeira vez em janeiro do ano passado, nos Estados Unidos, a história é atualizada e ganha novos personagens e desdobramentos.
A seguir, GZH relembra cinco curiosidades sobre a "descarada". Confira:
Quadrinhos Rubí
Nos anos 1960, os quadrinhos Rubí eram publicados na revista Lágrimas, Risas y Amor, que até então costumava destacar histórias românticas. A trama de Vargas Dulché chamou atenção do público, que não estava acostumado com anti-heroínas.
Em todas as adaptações da história, o público acabou se envolvendo com a personagem e torcendo para que ela tivesse finais felizes. Alguns fãs chegaram a produzir um desfecho alternativo para a novela de 2004. Veja:
Outras Rubis
Em preto e branco, em 1968, Rubi foi interpretada "em carne e osso" pela primeira vez por Fanny Cano. A atriz morreu 14 anos depois do fim da novela, aos 39 anos, em um acidente de avião na Espanha, no qual sua aeronave bateu em outra na pista de pouso.
Em 1970, Rubi ganhou uma adaptação cinematográfica com a iraniana radicada no México Irán Eory (conhecida por ter vivido Vitória na novela Maria do Bairro). Por causa de seu sotaque, a atriz acabou sendo dublada pela mexicana Norma Lazareno.
Versão de sucesso
Em 2004, a Televisa anunciou uma nova novela adaptando a história de Rubi. Na época, muitas atrizes fizeram testes para o papel principal (incluindo Anahí, que no mesmo ano estrelaria Rebelde), mas a uruguaia Bárbara Mori acabou sendo escolhida.
O papel rendeu a Bárbara fama internacional, já que a produção foi exibida em mais de 20 países, inclusive no Brasil. O produtor da novela, José Alberto Castro, chegou a propor uma segunda temporada, mas a atriz recusou.
— Eu era famosa, exitosa e me pagavam muito bem — comentou Bárbara recentemente, ao canal TEDx Talks. — Mas quando eu entrava no camarim, eu fechava a porta, me olhava no espelho e começava a chorar. Eu me sentia vazia e triste. E isso me levou a fazer uma profunda reflexão. Nem todo o dinheiro, fama ou sucesso jamais vai trazer a felicidade se por dentro estamos destruídos — concluiu.
Nova protagonista
A mais recente versão da história conta com a atriz Camila Sodi, sobrinha da cantora Thalia, como protagonista. Aos 33 anos, Sodi trabalha na TV desde os seis, já estrelou outras novelas e lançou trabalhos musicais.
Em entrevista à revista Vanidades, ela disse que quase recusou Rubi por medo de comparações com Bárbara Mori.
— Ela e sua beleza fora de série me fizeram duvidar que eu pudesse dar conta do recado — disse a atriz. — Resolvi considerar, ainda mais depois das reuniões durante a pré-produção, quando me disseram que a Rubi de 2020 não seria necessariamente uma mulher inalcançável, mas sim algo mais terreno.
Diferenças na trama
Todas as versões de Rubi partem do mesmo enredo, modificando pouco a trama de Yolanda Vargas Dulché. Uma das diferenças entre a nova adaptação e as versões anteriores é que a atual se passa em 2040 e relembra eventos ocorridos 20 anos antes. A história traz uma Rubi mais velha, que narra, durante uma entrevista, como se tornou a mulher mais odiada do México.
Outra mudança é que, na versão de 2020, Rubi é mais humanizada. Isso pode ser visto nas cenas em que ela interage com sua sobrinha ou na sua relação com Heitor, que acaba acaba se revelando um companheiro abusivo.
A disponibilização de Rubi no Globoplay integra o novo projeto da plataforma de streaming de recuperar sucessos da televisão latino-americana. Nas próximas semanas, devem ir ao ar clássicos como A Usurpadora, Maria do Bairro e Marimar, além de lançamentos recentes, como Sem Medo da Verdade, Operação Pacífico e Marido de Aluguel.