Campeã do Big Brother Brasil 21 com 90,15% dos votos, a paraibana Juliette Freire, 31 anos, deixa o reality com muito mais do que o prêmio milionário. Única representante do elenco de anônimos na final do BBB 21, a advogada e maquiadora conquistou os espectadores, explodiu nas redes sociais e transformou-se em um verdadeiro fenômeno de publicidade e engajamento.
Lá dentro, a relação com os colegas de confinamento nem sempre foi tão positiva quanto a com o público, já que seu jeito “arretado” não demorou a incomodar alguns colegas de confinamento. Ao longo dos cem dias de programa, a sister protagonizou conflitos com diferentes participantes, chegou a sofrer exclusão e foi alvo de inúmeras críticas nas dinâmicas do jogo da discórdia.
— Meu sonho era ser essa mulher, assim, fina, educada. Mas eu nasci tagarela — revelou a sister em seu vídeo de apresentação. — O que poderia me prejudicar no BBB é que falo muito, sou muito palhaça. Pode ser que eu fale uma besteira ou magoe alguém com a minha ironia.
Quando se viu sozinha e sem conseguir lidar com as dificuldades que enfrentava no relacionamento com os colegas, foi acolhida pela dupla Gilberto e Sarah. Juntos, os três formaram o grupo apelidado de G3, que chegou a ser considerado a final dos sonhos de grande parte dos espectadores. Mas, no decorrer do jogo, a união do trio acabou ruindo e a paraibana se viu novamente desamparada. Mais tarde, aproximou-se de Camilla de Lucas e João Luiz, quando viveu momentos de maior tranquilidade.
Contudo, nem só de conflitos foi feita a estadia de Juliette na casa do BBB 21. Com um senso de humor aguçado, a sister protagonizou momentos divertidos desde o primeiro dia de programa — como seu amor à primeira vista por Fiuk, que acabou por viralizar nas redes sociais. Nos 99 dias seguintes, a cômica carência da paraibana, que culminou em brincadeiras também com outros brothers da casa, também proporcionou boas risadas aos espectadores. O talento musical, muito bem explorado pela sister, foi a cereja do bolo para sua trajetória de sucesso.
A soma dos componentes que marcam a trajetória de Juliette fez com que a simpatia do público não parasse de aumentar. Ela fez história no BBB 21 como a participante que mais cresceu nas redes sociais enquanto ainda estava confinada e mobilizou um verdadeiro exército de fãs a cada paredão que enfrentou. Conquistando também o carinho de famosos, a sister acumula convites de artistas consagrados para parcerias musicais e ganhou até uma música em sua homenagem, assinada por Carlinhos Brown.
Antes da fama
Natural de Campina Grande, na Paraíba, Juliette é a quinta em uma família de seis irmãos. Filha de uma cabeleireira e um mecânico, a sister relatou sua origem humilde e as dificuldades que enfrentou na infância durante a estadia no programa.
Formada em Direito, ela foi a primeira de seu grupo familiar a concluir o Ensino Superior. Antes do reality, a sister atuava como maquiadora e estudava para concursos públicos, pois nutria o sonho de assumir o cargo de delegada.
— Tenho cara de dondoca, frágil, mas ninguém imagina a força que eu tenho — declarou em sua apresentação.
Entre os acontecimentos mais marcantes da vida da paraibana está a perda da irmã mais nova, Julienne, morta aos 17 anos devido a um acidente vascular cerebral. Na entrevista que antecedeu sua entrada no BBB 21, a sister comentou sobre as marcas deixadas pela morte da irmã e seguiu relembrando de Julienne enquanto esteve no reality.
— Eu era uma pessoa antes de ela morrer e outra depois. É como se sentisse que minha vida é breve e eu preciso fazer o que posso para aproveitá-la. Seja lutando pelo que quero na vida ou em um jogo — disse. — Não tenho um plano traçado do que vou fazer, mas acho que posso mandar muito bem — previu a sister, que encerra sua trajetória no reality com R$ 1,5 milhão e a promessa de um pós-BBB como nunca antes visto.
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