Duas pessoas foram indiciadas por lesão corporal grave contra o ator Henri Castelli. A investigação segue em andamento e o inquérito policial foi enviado, nesta terça-feira (19), ao Ministério Público (MP) de Alagoas para análise. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
De acordo com o delegado Fabrício Lima do Nascimento, responsável pelo caso, o MP agora tem autonomia para definir se dá continuidade à investigação ou não. O primeiro indiciamento teria sido realizado na semana passada, enquanto o segundo ainda é desconhecido pela defesa dos dois suspeitos.
Segundo Nascimento, três marinheiros deram depoimentos no final de semana confirmando a versão de que Castelli teria iniciado a briga. O delegado informou que isso não teria sido anexado ao inquérito e que o caso não evoluiu.
— Pelo menos até agora nada mudou. Pode ser que surjam outros fatos, mas aí só quem poderia dizer é o Ministério Público — reforçou Nascimento, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.
O advogado dos dois suspeitos, Lucas Doria, também informou que a estratégia continua a mesma. Ele está confiante de que o desfecho seja positivo para eles.
— Está muito mais do que provado que Henri iniciou a confusão toda. A lesão que ele sofreu foi de um homem que precisou se defender — disse Doria.
Entenda o caso
Henri Castelli relatou que foi agredido em uma festa em Alagoas na última semana de 2020. O ator teve uma fratura na mandíbula e precisou passar por cirurgia.
O relato, no entanto, possui versões diferentes. Um dos homens apontados como agressor, Bernardo Malta, afirmou que o ator respondeu de maneira grosseira sobre uma festa da qual havia participado anteriormente e tentou dar um soco nele, mas errou o alvo e acertou o lutador Guilherme Aciolly, que revidou.
— Nunca jamais existiu alguém com intenção de machucar um ator. Ele tentou dar um soco (em Bernardo) e Guilherme, para se defender, revidou. O Henri estava alterado, não sei se ele bebeu — disse Lucas Doria, advogado de Bernardo Malta e Guilherme Aciolly, ao Fantástico.
Castelli nega ter começado a confusão e afirma que foi cercado e agredido por homens em uma marina e que não se lembra do que aconteceu depois. Conforme o delegado Fabrício Nascimento, o crime de lesão corporal grave prevê pena de um a cinco anos de reclusão.